A conferência internacional “A Herança Cultural da Dieta Mediterrânica” arrancou esta terça-feira, dia 9 de Maio, na Universidade do Algarve, em Faro, e pode ser, segundo António Branco, reitor da UAlg, «uma veemente chamada de atenção para recuperarmos a identidade que o eurocentrismo obscurece».
Na conferência inicial, que decorreu no Grande Auditório do Campus de Gambelas da Universidade do Algarve (UAlg), o reitor disse, ainda, que «a cultura urbana nos fez esquecer do importantíssimo legado comum que ao longo de 1000 anos se foi construindo na Bacia Mediterrânica».
A abertura do evento, que decorre até amanhã, contou também com a presença de Jorge Botelho, presidente da AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve e da Câmara de Tavira, cidade representativa de Portugal na candidatura da Dieta Mediterrânica a Património Imaterial da Humanidade da UNESCO.
«A UAlg colocou-se ao dispor deste projeto. Há estudos, há mestrados. A Dieta Mediterrânica está difundida pelos 16 concelhos do Algarve e foi acolhida regionalmente por todos os parceiros», disse.
Por outro lado, Luís Capoulas Santos, ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Regional, fez questão de fazer referência à intenção do Governo em «adotar um conjunto de medidas, contemplando muitas delas, produtos mediterrânicos» e a sua introdução nas ementas das escolas de todo o país, incluindo o Algarve.
Estava também prevista a presença de Jorge Sampaio, ex-Presidente da República, nesta sessão, mas questões de saúde impediram a vinda ao Algarve do atual Conselheiro de Estado.
Helena Barroco, assessora diplomática de Jorge Sampaio, leu a comunicação do antigo chefe de Estado, em que dizia que a «Dieta Mediterrânica pode dar um contributo muito positivo para um novo paradigma de desenvolvimento sustentável».
«Por mim tenho por certo que a Dieta Mediterrânica se pode tornar num verdadeiro indicador de sustentabilidade ambiental, cultural e da sociedade», acrescentou.
Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação