Um cordão humano em defesa da Saúde no Algarve, vai ter lugar no sábado, 1 de fevereiro, às 15 horas frente ao hospital do Barlavento, em Portimão e a 2 de fevereiro, frente ao Hospital de Faro, à mesma hora.
Os manifestantes vão levar flores para oferecer ao presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve e uma carta a pedir a sua demissão e a do ministro da Saúde Paulo Macedo.
«Em prol da nossa saúde, vamos todos comparecer às 15h30 no Hospital de Faro e no Hospital do Barlavento em Portimão e fazer um enorme cordão humano em sinal de união à frente dos Hospitais de Faro e de Portimão. Juntem-se à causa. Em defesa dos Serviços Públicos de Saúde», apelam os promotores no evento de Facebook criado para apelar à participação.
João Vasconcelos, um dos organizadores do cordão humano e manifestação, disse ao Sul Informação que «os cidadãos desta região, em apoio aos profissionais do serviço público de saúde, exigem a demissão do presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve, Pedro Nunes, e do Ministro da Saúde Paulo Macedo».
A convocatória desta manifestação surge na sequência da carta assinada por 183 dos 220 médicos especialistas dos hospitais de Faro, Lagos e Portimão, onde se denuncia a situação inaceitável de «falta de medicamentos e de material de uso corrente tais como seringas, agulhas e luvas». Surge também após «a constatação por uma boa parte dos autarcas algarvios de uma degradação dos cuidados de saúde muito grave na região do Algarve».
«É inadmissível que, em nome de uma qualquer paranóia austeritária, se ponha em causa a prestação de cuidados de saúde e em algumas situações a própria vida das pessoas», dizem os organizadores, exigindo, por isso, que «seja reposta imediatamente a normalidade nas unidades de saúde da região».
«Apelo às pessoas para que se juntem a este cordão humano e à exigência de demissão dos responsáveis pelo estado das coisas na saúde do Algarve, porque é tempo de mostrar que isto é inaceitável», sublinhou ainda João Vasconcelos.
«Será preciso morrerem pessoas em catadupa, para tomarmos uma posição?», interrogam os promotores da iniciativa de 1 de fevereiro.