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687x456xbombeiros-vrsa_2.jpg.pagespeed.ic.mweM4DhHhZA Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Portimão garante, em comunicado assinado pela sua direção, que «o atual executivo da Câmara Municipal» sempre «honrou os compromissos assumidos com esta Instituição de Utilidade Pública», e que a «solução de financiamento» (Taxa de Proteção Civil) adotada, surge «à semelhança dos demais concelhos que adotaram» essa taxa e «optam por ter um corpo de bombeiros com um elevado nível de prontidão, permanente e transversal às 24 horas do dia».

Face à contestação à Taxa de Proteção Civil, que motivou mesmo uma manifestação na semana passada, vários abaixo-assinados, um movimento de contestação judicial popular e nova manifestação marcada para amanhã, a direção da AHBVP resolveu emitir um «esclarecimento» de «dúvidas que a população, pelas mais diversas vias, tem veiculado aos diversos serviços e dirigentes da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Portimão, bem como junto da estrutura operacional do Corpo de Bombeiros que esta mantem».

No seu comunicado, a AHBVP sublinha que o «elevado nível de prontidão» só acontece «quando se consegue alinhar o financiamento aos requisitos económicos de um corpo de bombeiros misto, integrando pessoal profissional e dedicado em exclusivo a ações de proteção e socorro, viabilizando uma resposta além de eficaz, cada vez mais eficiente».

Os bombeiros acrescentam que «apenas 3% do orçamento anual desta Associação é coberto pela receita de quotas dos sócios».

Assim, frisam, «para a sustentabilidade de uma estrutura “à altura” das exigências que os riscos presentes no concelho proporcionam, é fundamental recorrer a outras fontes de financiamento, porquanto é imprescindível manter uma capacidade de resposta, com elevado grau de prontidão, sem a qual não seria possível oferecer um serviço público eficaz».

taxa manif_45A direção da AHBVP acrescenta que «o quadro de financiamento assumido pela Câmara Municipal de Portimão com esta Associação Humanitária, enquanto entidade detentora de um Corpo de Bombeiros, assenta num contrato-programa assinado no passado dia 5 de Setembro, no qual se vinculam obrigações, exclusivamente no âmbito da proteção e socorro, por forma a responder prontamente a situações de emergência».

Para isso, «o Corpo de Bombeiros (CB) de Portimão mantem um dispositivo permanente, 24 horas por dia, o qual combina a componente profissional com o regime de voluntariado, assegurando que existe uma capacidade de resposta sustentada e adequada a uma cidade como Portimão, pelo que mantem um quadro de pessoal de 80 Bombeiros, 50% dos quais em regime de permanência (com relação laboral)».

Desde o início deste ano, foram registadas na Sala de Operações e Comunicações do Corpo de Bombeiros 9.566 solicitações, das quais o comunicado destaca «52 incêndios no perímetro urbano, 17 incêndios em transportes, 112 acidentes rodoviários, 1 acidente ferroviário, 12 fugas de gás, 89 incêndios rurais, 32 incêndios em detritos, 7 quedas de árvores, 19 desabamentos/queda de estruturas, 20 inundações, 2.513 emergências pré-hospitalares, 5.747 transporte de doentes, 51 remoções de cadáver, 251 dispositivos de prevenção e assistência, 19 desobstruções de via, 55 abastecimentos de água, 207 aberturas de porta/elevador, 6 resgates de pessoas e 26 resgates de animais».

Toda esta atividade motivou «10.622 saídas de veículos, 22.414 operacionais, o que representa 16 mil e 800 horas de trabalho».

Graças ao protocolo com a Câmara Municipal de Portimão, dizem os Bombeiros, foi possível dar início à «recuperação do parque de veículos operacionais, o qual atingiu uma média superior a 20 anos de idade, ultrapassando claramente o tempo de vida útil, pelo que urge adaptar urgentemente estes meios técnicos às necessidades operacionais decorrentes dos riscos atuais,conferindo maior capacidade técnica e proteção aos nossos Bombeiros, o que não seria possível sem um modelo de financiamento alternativo».

O comunicado diz ainda que «os sócios da AHBV de Portimão usufruem de um pacote de benefícios, onde se incluem descontos significativos em serviços de cariz “não urgente”, tais como o transporte para consultas programadas, aberturas de porta sem socorro, transporte de água, entre outros serviços particulares».

«Portimão é hoje uma opção para milhares de visitantes e ninguém opta por um destino turístico em que a segurança esteja comprometida pela escassez de meios e recursos disponíveis», conclui o comunicado da direção dos bombeiros.

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