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José Pedro Caçorino, candidato do CDS/PP à Câmara de Portimão, critica o «silêncio ensurdecedor» do presidente da autarquia Manuel da Luz, quanto ao caso judicial que envolve dois vereadores, enquanto a Comissão Política Concelhia do PSD diz que o autarca socialista deve «uma «explicação e um pedido de desculpas» aos munícipes.

Entretanto, esta tarde decorreu uma reunião da Câmara de Portimão, presidida por Manuel da Luz, cujos resultados são ainda desconhecidos. Mas tudo aponta para que seja divulgado um comunicado ou que o autarca socialista faça uma declaração pública sobre o caso de alegada corrupção envolvendo o seu vice-presidente e um vereador.

Numa declaração publicada ontem na página da sua campanha no Facebook, o centrista José Pedro Caçorino acrescenta: «alguém que trabalhou diretamente com as pessoas envolvidas, a quem delegou competências, com quem tomou decisões que nos vinculam a todos enquanto comunidade, ao fim de quatro dias sobre os factos que são conhecidos, não tem uma palavra para os seus concidadãos ou, sequer, para os seus colegas de Executivo e Administrador da Portimão Urbis que estão indiciados neste processo?»

Mas Caçorino critica também a candidata do PS, considerando que «os portimonenses têm o direito e querem saber o que pensa a Sra. Dra. Isilda Gomes sobre este factos».

Por seu lado, em CPC do PSD/Portimão, em comunicado, sublinha que tomou conhecimento «sem surpresa» da operação da PJ que culminou com a detenção de cinco pessoas por atos ligados à gestão da Portimão Urbis, entre as quais o vice-presidente e um vereador da Câmara.

«O PSD/Portimão, ao longo dos últimos seis anos, denunciou factos inexplicáveis, dentro do município. Do ponto de vista político, o senhor presidente da Câmara de Portimão, Manuel da Luz, deve uma explicação e um pedido de desculpas aos cidadãos», disseram os social-democratas portimonenses.

A Concelhia social-democrata, presidida por Pedro Castelo Xavier, que é também o candidato do PSD à Câmara, acrescenta que a autarquia «está num estado caótico, fruto de uma gestão ruinosa, de mentiras e de fraude» e exige «uma posição da sociedade civil, uma crítica e uma censura dos portimonenses».

«Ao longo dos anos, o PS geriu o município e as empresas municipais como uma quinta sua. É tempo de dizer basta! É tempo de pedir responsabilidades», conclui o PSD/Portimão.

Da operação da PJ, que passou por buscas na Câmara de Portimão e na residência dos vereadores, resultou a detenção de cinco pessoas, suspeitas de corrupção, administração danosa, branqueamento, participação económica em negócio e associação criminosa.

Depois de ser ouvido no Luís Carito ficou em prisão preventiva até que haja condições para lhe seja aplicada a medida de prisão domiciliária com uso da pulseira eletrónica, e está também impedido, tal como o vereador Jorge Campos, de exercer cargos públicos.

Jorge Campos e os restantes três arguidos – o administrador da Portimão Urbis Lélio Branca e ainda os empresários Luís Marreiros e Artur Curado – saíram em liberdade, mas ficam sujeitos a Termo de Identidade e Residência (TIR), a medida de coação mais leve aplicável, sendo também impedidos de contactar uns com os outros.

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