Uma «grande marcha» com buzinão contra as portagens na Via do Infante (A22) realiza-se esta segunda-feira, dia 17 de Abril, às 15h00, e vai percorrer a EN125 desde o restaurante “Zé do Norte”, nas Quatro Estradas (de onde parte), até Lagoa.
Organizada pela Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI), esta ação tem como objetivo «continuar a pressão e a luta para, rapidamente, inverter a situação que se vive no Algarve, conduzindo novamente a uma região livre de portagens».
Segundo esta comissão «o contrato da Parceria Público Privada (PPP) da Via do Infante é muito oneroso para o Estado e os contribuintes, situando-se acima dos 30 milhões anuais de prejuízo. Também é preciso ter em conta que grande parte da Via do Infante foi construída com o recurso a fundos europeus, não se incluindo no modelo de financiamento das ex-Scuts».
O primeiro ministro António Costa «reconheceu antes das eleições legislativas que a EN125 constituía um “cemitério” e ponderou eliminar as portagens no Algarve, não só devido ao elevado número de acidentes, mas também face aos graves prejuízos provocados à economia regional», considera a CUVI.
«É preciso pôr cobro, com urgência e antes de começar mais um Verão, a esta situação terrível que se vive no Algarve, a principal região turística do país. Os principais responsáveis políticos e com decisão na matéria não podem continuar a assobiar para o lado, fazendo de conta que nada se passa no Algarve», acrescenta.
Segundos dados da CUVI, «entre 1 de Janeiro e 7 de Abril ocorreram no Algarve (grande parte na EN125), 2214 acidentes (com 10 mortos e 38 feridos graves)».
Para esta comissão, a EN125 encontra-se ainda «longe da total requalificação» e mesmo nas áreas já sujeitas a obras há «erros de palmatória».
Antes da marcha haverá um almoço/debate no restaurante “Zé do Norte”, às 13h00. Quem quiser inscrever-se para participar no almoço, pode fazê-lo através dos números 919 070 032 e 963 172 608.