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Para o presidente do Sporting Clube Olhanense Isidoro Sousa, a paixão pelo clube começou bem cedo. «Os meus tios eram os donos de um “castelo” que existia junto do Estádio Padinha e eu desde os quatro anos que me habituei a seguir os jogos do clube aí e muitos fora de casa. Tem sido uma vida de paixão e dedicação ao clube», contou ao Sul Informação.

«Guardo momentos fantásticos, alguns de miúdo. Mas friso a subida à Divisão de Honra e, obviamente, a subida à I Liga. Não há palavras que possam descrever o que eu senti. E também poder celebrar o centenário com o clube garantido na I Liga por mais um ano, pelo menos», revelou o presidente do Olhanense.

E foi também por se ter habituado em novo a ver o clube na I Divisão, que sempre acalentou o sonho de ver a equipa de futebol profissional militar ao mais alto nível, dentro de portas. Não era o único.

«Uma das coisas que sempre me moveu foram os pedidos de alguns sócios mais idosos, que me diziam que não queriam morrer sem voltar a ver o Olhanense na I Divisão. Quando conseguimos, há três anos, muitos vieram ter comigo em lágrimas, o que me comoveu e marcou bastante», contou Isidoro Sousa.

 

Sucesso atual foi construído ao longo de muitos anos

 

Apesar de não poder ser dissociado das recentes conquistas do clube algarvio, Isidoro Sousa mostra-se modesto ao assumir protagonismo. «O meu agradecimento é profundo, desde os rapazes que fundaram o clube até aos dirigentes todos até aos dias de hoje, porque, de facto, este é um grande clube. Este não é apenas um clube de Olhão, mas do Algarve», frisou.

Nos dias de hoje, de resto, o clube atravessa uma fase de estabilidade, desportiva e financeira, apesar da crise. «Houve aqui um trabalho de diversas direções, não podemos puxar a brasa à nossa sardinha, como o Carlos Nóbrega, o José Cardoso, João Gomes… todos com quem trabalhei e trabalhei com cinco», disse.

Mas houve um dos presidentes recentes que deixou uma marca especial em Isidoro Sousa. «Há um que tenho de relembrar e, para mim, foi o melhor presidente de todos os que eu conheci, que foi o Engenheiro Vítor Louro Neves, que faleceu ao serviço do Olhanense. Foi um homem que me marcou bastante», elogiou.

 

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