A proposta apresentada pelo executivo camarário de Faro em Reunião de Câmara, tendo em vista a denúncia do contrato entre a autarquia e os utentes do Parque de Campismo da Praia de Faro que permite a estes últimos utilizar o espaço, foi retirada da ordem dos trabalhos da sessão desta quinta-feira deste órgão autárquico, a pedido do PS.
O objetivo do executivo PSD/CDS-PP é reclamar a posse do Parque de Campismo, para construir um parque de estacionamento temporário de 400 lugares, no seu lugar. Um projeto que surge na sequência do lançamento do concurso público para as obras de requalificação dos acessos à principal zona balnear de Faro e de construção de um parque de estacionamento exterior à Praia de Faro, pela Sociedade Polis Ria Formosa.
Os socialistas querem ver algumas questões acauteladas, nomeadamente o caso de oito famílias, que se encontrarão em risco de ficar desalojadas, caso o Parque de Campismo feche. Daí a opção do executivo em retirar a proposta, já que necessita do apoio de pelo menos uma das forças política da oposição, para ver a proposta aprovada.
O PSD/CDS-PP conta com quatro vereadores no executivo camarário, o mesmo número de representantes que o PS. A CDU também está representada, por um vereador, que terá avisado que iria votar contra a proposta apresentada.
Atualmente, e desde 2010, está em vigor um acordo entre a autarquia e a Comissão de Utentes do Parque de Campismo, que permite a utilização do espaço, «sem custos para a autarquia». Este contrato renova, automaticamente, a cada 60 dias.
Qualquer uma das partes tem de avisar a outra com 30 dias de antecedência, caso deseje denunciar o contrato. Uma cláusula que obriga a alguma celeridade, da parte da autarquia, pois o atual contrato começou no início de fevereiro e está em vigor até 9 de abril.
A ideia do executivo, com a construção de um novo parque de estacionamento no interior da Praia de Faro, é mitigar os constrangimentos que decorrerão das obras de requalificação dos acessos, e, principalmente, da intervenção no parque de estacionamento exterior, que terão de ser concluídas pela Polis até final de 2015.