O embaixador de Israel em Portugal, Ehud Gol, visitou, ontem (20 de junho), a cidade de Silves. Acompanhado da presidente da Câmara Isabel Soares e do Conselheiro Político da Embaixada de Israel em Portugal, Lior Keinan, o diplomata percorreu o Museu Municipal de Arqueologia, onde foi guiado por Maria José Gonçalves (Chefe de Divisão de Património Histórico-Arqueológico e Museus) e por Joana Pires, técnica da autarquia.
A delegação israelita teve, ainda, a possibilidade de ver um achado recente, efetuado por arqueólogos da Universidade de Friedrich-Schiller (de Jena, Alemanha), perto de São Bartolomeu de Messines (Silves), que será a mais antiga evidência arqueológica da Cultura Judaica na Península Ibérica. Pensa-se que se trata de uma lápide funerária, datada, provavelmente, de um período não posterior a 390 AD.
A placa de mármore, com 40cm x 60cm, onde, segundo os investigadores, se pode ler o nome “Yehiel“, seguido de outras letras ainda não decifradas, foi o principal motivo da vinda dos diplomatas israelitas a Silves, tendo despertado enorme interesse e curiosidade por parte dos membros desta delegação.
O achado foi classificado por Ehud Gol como «profundamente interessante» e «da maior importância».
O embaixador quis, ainda, saber pormenores sobre a história de Silves, a sua ligação à cultura judaica, bem como muitos outros aspetos, nomeadamente ligados à sua demografia e atividades económicas.
Revelou, ainda, ter ficado muito impressionado com a quantidade de vestígios arqueológicos existentes, bem como com a sua diversidade de proveniências e períodos, o que revela que Silves sempre foi um centro económico de grande importância e um espaço verdadeiramente multicultural.
A visita à cidade terminou com uma ida ao Castelo, onde, curiosamente, o embaixador pôde contactar um casar de israelitas, que ali se encontravam de visita.