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A destruição no Aeroporto de Faro e em outras zonas deste concelho, ocorrida na madrugada desta segunda-feira por volta das 5h00 (hora local) deverá ter sido causada por um downburst, um fenómeno meteorológico que é constituído por um escoamento descendente e muito forte que se propaga como vento horizontal, junto ao solo.

Segundo o Instituto de Meteorologia, na estação de Faro/aeroporto foi registada uma rajada com uma intensidade de aproximadamente 157 km/h, pelas 4h10 UTC (5h10).

O IM, que ainda está a investigar o fenómeno, explica que o ramo frio do sistema frontal que afetou o território do continente durante a noite de ontem e madrugada de hoje, dia 24 de outubro, foi caracterizado por atividade convetiva relativamente intensa.

Na região sul do território do continente, em particular, adianta o IM, «esta atividade verificou-se na presença de um perfil vertical do vento horizontal caracterizado por uma ligeira rotação na sua direção (no sentido dos ponteiros do relógio), numa camada entre a superfície e os 2000 metros, bem como por uma intensificação na sua intensidade».

«Os efeitos deste perfil vertical do vento, se forem coexistentes com a presença de forte instabilidade local, podem conduzir à formação de células convetivas de caraterísticas particulares», explica o Instituto de Meteorologia.

Estas células, designadas por Supercélulas (SC) têm, de facto, «a capacidade de exibir movimento de rotação em níveis médios e elevados, durante algum tempo (mesociclone)».

O IM acrescenta que a análise das observações Doppler efetuadas pelo radar de Loulé/Cavalos do Caldeirão permitiu identificar algumas destas Supercélulas, embebidas na estrutura frontal, embora com caraterísticas inicipientes, isto é, relativamente pouco marcadas.

«Em particular, pelas 4h00 UTC (5h00, hora local), um destes aglomerados convectivos atingiu a região de Faro, designadamente a área do aeroporto e locais vizinhos, para Este e Nordeste do mesmo».

Os movimentos verticais descendentes organizados, que são típicos deste tipo de fenómeno, foram particularmente intensos naquela região e produziram um fenómeno designado por downburst:  Trata-se de um escoamento descendente e muito forte que se propaga como vento horizontal, junto ao solo.

A Meteorologia admite que, «na circulação das SC, para além de vento horizontal muito forte, também é possível a geração de tornados».

Neste episódio, «essa hipótese não pode ser excluída, mas a maior parte dos elementos disponíveis aponta para que o fenómeno de vento forte se tenha ficado a dever à ocorrência de um downburst».

sulinformacao

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