A Diocese do Algarve acaba de negar, em comunicado, que o Bispo D. Manuel Neto Quintas tenha sugerido ao padre José Afonso Cunha, pároco de São Brás de Alportel, que aconselhasse o Agrupamento de Escuteiros a esperar pela recolha de alimentos a ser efetuada pela própria paróquia em dezembro, não participando por isso na recolha promovida no fim de semana pelo Banco Alimentar contra Fome.
A Diocese responde, assim, a uma notícia do jornal Correio da Manhã de ontem, sobre esta polémica.
A Diocese afirma que o Bispo do Algarve «remeteu a todos os párocos, em 18 de novembro, um ofício que recebeu do Banco Alimentar e fez acompanhar tal envio de uma mensagem pessoal, em que pede que as Paróquias prestem todo o auxílio possível, divulguem a iniciativa, e colaborem na recolha de alimentos promovida pelo Banco Alimentar contra a Fome».
Para mais, sublinha o comunicado, «a Diocese do Algarve é um parceiro do Banco Alimentar e na situação de crise social que vivemos, não faria qualquer sentido que não apoiasse uma iniciativa como esta, que tem um profundo cariz solidário e de preocupação com o bem comum».
A Diocese do Algarve salienta ainda que se tem «empenhado sempre na ajuda às vítimas da presente crise social».
Por isso mesmo, «criou um Fundo de Socorro Social, que em boa parte, foi constituído com donativos de sacerdotes, que descontaram para ele um salário mensal».
Frisa também que, «quer em campanhas anteriores quer na presente foram centenas os católicos algarvios, nomeadamente escuteiros, que colaboraram com o Banco Alimentar e continuarão a colaborar no futuro».
Por isso, conclui o comunicado da Diocese, a situação descrita no Correio da Manhã «corresponderá a algum mal entendido e será certamente um equívoco». Entretanto, na sua edição de hoje, o Correio da Manhã já esclareceu a posição do Bispo nesta polémica.