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Jaime Teixeira Mendes presidente OMédicos SulO presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve Pedro Nunes tem «tiques de autoritarismo» e toma «decisões ditatoriais», acusou o presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos Jaime Teixeira Mendes.

O dirigente da OM esteve em Faro para acolher os internos que começaram a sua formação em unidades de saúde algarvias, em Janeiro, e aproveitou para tecer fortes críticas à administração do CHA, que espera que não se mantenha «por muito tempo».

«O que vos espera, aos que vão entrar em especialidades hospitalares e ou aos que, no seu ano comum, vão passar pelos serviços dos hospitais, é um ambiente crispado, de médicos que procuram fazer o seu trabalho com qualidade, mas muitas vezes traídos pelas orientações da administração, que consideramos ter desempenhado as suas funções desastrosamente e ter mesmo violado normas básicas da nossa profissão», afirmou.

Jaime Mendes assegurou aos jovens médicos que a sua mudança para o Algarve significa que, «sobretudo nos meses em que a pressão turística é mais baixa, estarão a viver no paraíso».

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Pedro Nunes de novo debaixo de fogo

Mas, «quando se trata dos serviços de saúde, particularmente dos hospitalares, o caso muda completamente de figura, principalmente de há uns anos a esta parte», tendo em conta «a crise de gestão» que considera viver-se no CHA, que «levou a que muitos médicos o abandonassem».

O presidente do Conselho Regional do Sul da OM garantiu aos internos que só não se «instalou uma situação caótica» nos hospitais devido «aos colegas mais velhos», que são «médicos muito treinados, às vezes esgotados pelo trabalho, mas competentes».

Além de apontar o dedo à administração de Pedro Nunes, o dirigente da OM também criticou duramente a criação do Centro Hospitalar do Algarve, à qual não reconhece «nem uma virtude». A Ordem dos Médicos defende, de resto, «a reversão desta medida» e o regresso ao modelo anterior, em que a gestão do Hospital de Faro estava separada da dos de Portimão e Lagos.

«Nunca ouvi falar de um caso no mundo em que se tenham juntado dois hospitais que estão a uma distância de 60 quilómetros. Para mais com as estradas que existem no Algarve, principalmente se for necessário usar a EN125», considerou.

 

 

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