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O Algarve terá um Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais semelhante ao do ano passado, que irá reforçar os meios disponíveis na região entre maio e setembro, meses de maior risco de ocorrência de incêndios.

A aposta vai, não para o aumento do número de efetivos e meios, mas para uma melhor capacidade de resposta na primeira intervenção, considerada fundamental para evitar incêndios de grandes dimensões como os que afetaram Tavira e São Brás de Alportel em 2012.

A Autoridade Nacional de Proteção Civil apresentou ontem, quinta-feira, o dispositivo afeto ao Algarve nas diferentes fases de alerta. Numa altura em que a fase Alfa, de risco menos elevado, está a acabar (1 de janeiro a 14 de maio), foram dados a conhecer os números da fase Bravo, que decorre de 15 de maio a 30 de junho e da fase Charlie, entre 1 de julho e 30 de setembro, «aquela que envolve um esforço maior da parte das forças que integram o dispositivo».

Seguem-se as fases de menor alerta Delta e Eco, que decorem, respetivamente, de 1 a 31 de outubro e de 1 de novembro a 31 de dezembro.

Assim, na fase Bravo, o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais contará com 343 homens e 88 veículos. Na fase Charlie, potencialmente mais complicada, estarão à disposição do CDOS mais cem operacionais, num total de 443 e 112 veículos. Na Fase Delta, o dispositivo baixa para 279 elementos e 76 veículos.  

«O dispositivo é muito semelhante ao dos anos anteriores. Já há muito tempo que o dispositivo instalado aqui no Algarve é entendido como o adequado face ao risco, ao histórico e previsibilidade de ocorrências», considerou o comandante do CDOS Faro Vaz Pinto, em declarações ao Sul Informação e à RUA FM.

«[A dimensão do dispositivo]É consensual entre todas as entidades que integram o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais e todas as entidades que concorram para a defesa da floresta contra incêndios», referiu.

Vaz Pinto salientou a importância de haver intervenções «a montante» do combate aos incêndios, nomeadamente de prevenção por parte de outras entidades, mas também da população. «Os cuidados dependem muito das populações. Estas são um fator determinante», para a prevenção de incêndios. «A melhor forma de combater os incêndios, é evitá-los», defendeu.

«Este ano choveu muito. Mas para haver incêndios, é preciso que haja ignições, não é só por estar muito calor que eles acontecem», disse. Admitindo que haverá este ano «mais combustível ligeiro», que ajuda «à progressão rápida de incêndios», Vaz Pinto considerou que será aí que se terá de intervir, logo à partida.

À margem da sessão a mensagem transmitida pelos responsáveis pela Protecção Civil foi de que o dispositivo apresentado é suficiente, apesar dos incêndios que destruíram cerca de 26 mil hectares de território serrano algarvio, que não teriam atingido a mesma dimensão caso tivesse havido uma resposta inicial mais célere.

sulinformacao

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