As dragagens no estreito do Ramalhete e na Barra do Ancão (Barrinha de Faro) já foram consignadas e vão avançar.
Esta intervenção vai decorrer durante o mês de Agosto mas, frisou a Câmara de Faro, «não acarretará, de acordo com a Polis Ria Formosa, quaisquer movimentações de máquinas em zona balnear, uma vez que todos os trabalhos terão lugar no lado da Ria».
Uma ressalva ligada à forte polémica que a intervenção que está a ser feita na Barra de Faro/Olhão e na Ilha do Farol tem gerado. Neste núcleo da Ilha da Culatra, há máquinas pesadas e trabalho intenso em pleno areal, durante a época balnear, situação que tem gerado fortes críticas por parte da população.
Na obra agora adjudicada pela Polis à empresa Sofareia – Sociedade Farense de Areias, apesar de também prever o reforço do cordão dunar, não terá, segundo a dona da obra, qualquer interferência com a zona balnear existente aquela ilha, a Praia de Faro.
«Adjudicada por 1,87 milhões de euros, esta empreitada tem como objectivo geral a manutenção e reposição do equilíbrio do ecossistema e a minimização das situações de risco para pessoas e bens. Em particular, estas intervenções visam a melhoria da oxigenação e o aumento da taxa de renovação das águas, ou seja, a melhoria da circulação hídrica na laguna, a melhoria das condições de navegabilidade e respectiva segurança e a recuperação dunar através da alimentação artificial de praias, nomeadamente da Península do Ancão», descreveu a Câmara de Faro.
Trabalhos que eram há muito reclamados pelos profissionais que vivem da Ria Formosa e pela própria autarquia farense, que afirma a sua «satisfação pela conclusão positiva do processo das dragagens na Ria Formosa, como era justa e antiga reivindicação desta autarquia, na defesa de melhores condições de trabalho e navegabilidade para quem vive e usufrui da Ria Formosa e, simultaneamente, para reforço e estabilização do cordão dunar da Praia de Faro».