Depois das filas e dos protestos de ontem dos turistas que tentavam pagar e perceber as portagens eletrónicas na fronteira luso-espanhola no Algarve, este sábado as cerca de duas dezenas de manifestantes contra as portagens encontraram uma situação bem mais calma na Ponte Internacional do Guadiana.
Apesar de o grosso dos turistas, sobretudo espanhóis, ter entrado em Portugal ao longo do dia de ontem, Quinta-feira Santa, só hoje é que as Estradas de Portugal colocaram, nas cabinas de portagem na ponte do Guadiana, funcionários para prestar assistência aos viajantes estrangeiros.
José Domingos, da Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI), disse que esses funcionários estavam nas portagens eletrónicas «hoje porque ontem denunciámos esta situação. Se não, não estava cá ninguém».
O problema, explicou, «é que as pessoas não estão habituadas, enganam-se a tirar os títulos. Querem sair no nó de Altura ou de Castro Marim e acabam por tirar para Tavira ou Olhão, alguns até tiram o ticket para vários dias», acabando por pagar o que não gastam.
Ontem, longas filas de turistas estrangeiros provocaram o caos na entrada de Portugal devido às dúvidas quanto ao pagamento das portagens eletrónicas. Houve mesmo quem acusasse o sistema de ser «terceiro-mundistas» e testemunhas garantem que alguns visitantes acabaram por dar meia volta e regressar a Espanha.
Na ação de protesto de hoje naquela fronteira, promovida pela Comissão de Utentes da Via do Infante, eram quase tantos os manifestantes como os agentes da Autoridade Rodoviária (GNR).
O movimento de entrada de automobilistas estrangeiros esteve bastante mais calmo e, também graças aos funcionários das Estradas de Portugal, não chegaram a formar-se filas.