A Pelcor abriu na passada semana uma loja em Nova Iorque, no Soho Grand Hotel, situado numa zona nobre desta metrópole dos Estados Unidos da América.
Esta é a primeira loja da marca naquele país, um mercado que tem vindo a ser uma aposta forte da empresa algarvia, mas o futuro próximo deverá reservar a abertura de novos espaços do outro lado do Atlântico Norte. Ao mesmo tempo, haverá uma expansão em território nacional, já no ano que vem.
A criadora e gestora da Pelcor Sandra Correia não esconde a satisfação por ter dado mais um passo na consolidação da empresa nos EUA, onde já anda «a implementar a marca, há alguns anos». «Sentimos a necessidade de ter um espaço físico, que as pessoas pudessem visitar. Uma presença permanente, que nos permitirá aumentar a rentabilidade», revelou a empresária algarvia, em declarações ao Sul Informação.
Esta aposta não foi feita “sem rede”, já que o conceito da Pelcor, empresa sediada em São Brás de Alportel que comercializa produtos variados, cujo denominador comum é o uso de cortiça, já há muito que está enraizado em Nova Iorque. Depois de, numa primeira fase, ter começado a comercializar os seus produtos no mundialmente famoso Museum of Modern Art (MoMA), a companhia portuguesa criou um departamento comercial nos EUA e já se expandiu para vários Estados – «across the country» -, onde está presente através de revendedores e «em lojas multimarca».
No caso da loja inaugurada no Soho, «uma zona premium de Nova Iorque», há uma evolução, já que se trata de um espaço onde serão vendidos, apenas, produtos Pelcor. Sandra Correia aproveitou a oportunidade de se unir a outros empresários, numa nova concept store que abriu agora, «com um conceito europeu, que juntará marcas trendy [na moda]», onde diversas marcas colaboram, tendo cada qual um espaço a si dedicado.
Esta seria, confessa, a única forma sustentável de marcar presença numa zona exclusiva de Manhattan, tendo em conta os elevados custos de arrendamento de propriedades. «O investimento para abrir uma loja de 100 metros quadrados numa boa zona de Nova Iorque nunca seria abaixo do meio milhão de dólares», assegurou a empresária.
A solução encontrada permite um investimento bem menor, ao alcance das possibilidades de uma empresa em expansão, ao mesmo tempo que coloca a Pelcor «numa zona muito turística, onde passam pessoas de todo o mundo, o local ideal para uma marca como a nossa».
A presença nos Estados Unidos tem sido, de resto, «uma porta de entrada para outros mercados, nomeadamente a Ásia e a América do Sul». «Já chegámos ao Japão, através da nossa presença nos EUA», exemplificou. Daí que haja o plano de continuar a apostar neste mercado. «O próximo objetivo é abrir uma loja na costa Oeste, em Los Angeles, que permita fazer a ponte» e unir as duas costas.
Os planos de expansão da Pelcor também contemplam Portugal, onde a empresa pensa investir «expandir a cadeia de lojas, já no ano que vem, e reforçar a presença da marca em território nacional». Apesar de ainda não estarem definidos os locais exatos onde as lojas vão ser abertas, Sandra Correia aponta a zona Norte do país como um local a apostar.