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Os vereadores socialistas da Câmara de Silves defendem que, «com carácter de urgência», deve ser solicitada à administração do Banco BIC (ex-BPN) uma reunião para clarificar a sua posição perante os empréstimos contraídos pelos trabalhadores da antiga Alicoop, agora propriedade do Grupo Nogueira.

O problema é que os trabalhadores do grupo Alicoop «continuam a ser chamados a regularizar as dívidas relativas ao empréstimo contraído por estes, que, na altura, visou financiar a tesouraria do grupo Alicoop, apesar de, no plano de insolvência, constar que os novos proprietários assumiam a regularização deste empréstimo», explicam os vereadores da oposição.

Este processo arrasta-se desde 2009, e a posição por parte do banco BIC, antigo BPN, «de ignorar o que ficou estabelecido em pleno de insolvência não tem sido clara, nem aceitável», salientam.

A vereação socialista considera que esta posição do banco BIC «deve ser esclarecida e coincidente com o que ficou definido no Plano de Insolvência, sendo que tudo fará para que este processo seja clarificado entre todos os interessados».

Por isso mesmo, as vereadores socialistas propuseram, em reunião de Câmara, que o executivo autárquico presidido pelo social-democrata Rogério Pinho «solicitasse uma reunião em Lisboa com a administração do banco BIC, com a presença do Grupo Nogueira, da comissão de trabalhadores, da vereação da CMS para que seja clarificada a posição do banco BIC perante os empréstimos contraídos pelos trabalhadores, face ao que consta no Plano de Insolvência e na vontade assumida pelo Grupo Nogueira, agora dono da Alicoop».

O PS/Silves recorda que «quando em meados de 2011, no decurso da última Assembleia de Credores, foi aprovado uma proposta de Plano de Insolvência para o Grupo Alicoop, os trabalhadores respiraram de alívio, pois esse mesmo Plano previa o pagamento por parte da nova gerência das dívidas contraídas pelos mesmos junto do BPN, visando financiar a Tesouraria do Grupo  Alicoop».

No entanto, segundo disse Luís Alves,  assessor da Administração do Grupo Nogueira, ao Correio da Manhã, «o caricato é que queremos pagar e o BIC não quer receber».

E, de facto, apesar de constar no Plano de Insolvência aprovado e assumido pelos novos responsáveis da empresa, «os trabalhadores continuam a receber cartas não do famigerado BPN mas agora do BIC, a solicitar a regularização das prestações vencidas e não pagas sob pena da resolução destes contratos de crédito».

Por isso, os socialistas consideram que «a vida de muitas famílias não pode continuar suspensa por mais tempo», sublinhando que «o BIC, entidade bancária que sucedeu ao BPN, tem de esclarecer a sua posição perante os empréstimos contraídos pelos trabalhadores do Grupo Alicoop/Alisuper que caíram diretamente nas contas bancárias da entidade patronal».

 

Corrigido às 15h04, substituindo o nome do banco em causa, que é BIC e não BIG, como consta do comunicado do PS/Silves.

 

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