A «subconcessionária do Algarve está a tentar ultrapassar os problemas suscitados pelos bancos financiadores, relacionados com as sucessivas quedas de rating dos bancos». Foi desta forma que o concessionário Rotas do Algarve Litoral, do Grupo Rodoviário Rotas Regionais, respondeu ao pedido de esclarecimento sobre a paragem das obras da EN125, que o Sul Informação ontem noticiou em primeira mão.
As obras de requalificação da EN125, que nos últimos tempos têm estado a avançar a um ritmo muito lento, foram agora suspensas.
Macário Correia, presidente da Câmara de Faro, disse ao programa «Portugal em Direto» da Antena1, ter informações que indicam que tal paragem deverá prolongar-se pelo menos durante duas semanas, até à Páscoa.
Macário Correia, ontem contactado pelo Sul Informação, disse que «oficialmente» não tem «conhecimento dessa paragem», mas salientou «não estranhar que isso possa acontecer, até como forma de pressão negocial do consórcio» concessionário da intervenção ao longo dos 273 quilómetros da EN125.
Na origem desta paragem nas obras que, já de si, estão atrasadas mais de um ano, estão os problemas de ordem financeira que o consórcio tem enfrentado. O consórcio é formado por quatro empresas – Edifer, Iridium (grupo espanhol ACS), Tecnovia e Conduril. A Edifer está em processo de insolvência e as outras têm vindo a sentir dificuldades de se financiar junto da banca.
Macário Correia, nas suas declarações ao Sul Informação, admitiu mesmo que se trata de uma «obra insegura do ponto de vista financeiro».