Houve consultas realizadas com chuva a cair dentro de gabinetes em Unidades de Saúde Familiar de Loulé e de Albufeira, esta quarta-feira, denunciou a Direção Regional de faro do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).
Na USF Lauroé, de Loulé, a água entrou num dos gabinetes, na USF Albufeira, foram dois os espaços afetados, situação que levou «os utentes estão a reclamar no livro amarelo por serem atendidos nestas condições», segundo o sindicato.
Os sindicalistas algarvios consideram «inadmissível» que se sujeite utentes e profissionais de saúde a estas condições, «num espaço físico que deveria ser um exemplo de promoção da sua saúde».
«Estas duas USF funcionam em contentores que têm vindo a degradar-se ao longo dos anos, razão pela qual sofrem infiltrações de água que comprometem o sistema eléctrico e o funcionamento dos telefones, bem como a integridade dos equipamentos, nomeadamente informáticos», ilustrou o SEP.
As imagens enviadas pelos sindicalistas espelham bem esta realidade (ver fotogaleria). Profissionais de saúde a trabalhar à secretária, de guarda chuva na mão, marcas das infiltrações, baldes e plásticos espalhados por gabinetes são alguns dos problemas registados.
«Alguns funcionários têm vindo a queixar-se de reações alérgicas do foro respiratório e dermatológico, que atribuem ao isolamento térmico/acústico do contentor que está podre, segundo dizem», garantiu o sindicato.
Para o SEP, «o serviço de Saúde Ocupacional da ARS Algarve está desprovido dos recursos humanos necessários e suficientes para fazer o levantamento dos riscos a que os profissionais estão expostos no seu local de trabalho, bem como a elaboração de proposta das necessárias medidas preventivas, que cabe à ARS garantir».
«A inexistência de médico do trabalho não assegura aos trabalhadores as consultas de vigilância, assim como exames de saúde, obrigatórios por Lei de 2 em 2 anos», concluiu.
Veja as fotos tiradas pelo SEP: