A Escola de Artes Mestre Fernando Rodrigues, em Lagoa, dedicada, em especial à olaria, tem um novo forno comprado pela Câmara Municipal.
Esta aquisição, que custou cerca de 6 mil euros, «vem não só resolver os problemas existentes como também aumentar e diversificar o leque de obras e respetivas decorações», explica a Câmara de Lagoa.
É que «o antigo forno e seus componentes não permitiam o devido rendimento das cozeduras, originando constantes perdas de calor, o que comprometia os resultados finais e causava a perda de muitas peças. Além dos problemas de isolamento, o programador associado ao equipamento estava obsoleto, o que causava danos nos vidrados das peças e nas prateleiras», acrescenta.
O novo equipamento permite, não só trabalhar o barro branco e vermelho, como também pastas de alta temperatura como o grés e a porcelana pois atinge 1300º, ao contrário do antigo que não ultrapassa 1050º e apresentava contínuos problemas.
Este forno é, também, «mais rápido, dispondo de 20 programas de cozedura, consoante a necessidade e as caraterísticas das peças».
No âmbito da olaria, 45 pessoas usufruem semanalmente das instalações/equipamentos na Escola de Artes, sendo 15 alunos do oleiro Ricardo Lopes – a quem foi cedida uma sala para desenvolvimento e dinamização da olaria – e os restantes frequentam as modalidades de olaria aberta patrocinadas pelo Município, divididos em dois grupos, às quintas e sextas-feiras.
Apesar de haver um forno novo, o antigo vai continuar a trabalhar, pois permite efetuar as designadas “chacotas”, cozeduras até 800º.
A Escola de Artes Mestre Fernando Rodrigues, espaço municipal de cultura, «tem vindo a desenvolver cada vez mais atividades, com exposições e trabalhos com artistas e futuros artistas, dando a conhecer os valores locais nas artes plásticas e artesanato, em especial a olaria», conclui a autarquia lagoense.