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Os candidatos do PSD a Castro Marim e Tavira, Francisco Amaral e José Estevens, saúdam a decisão do Tribunal Constitucional (TC), que viabilizou as suas candidaturas, mas dizem-se lesados pela indefinição que se gerou e com as decisões de tribunais locais em vetar as suas candidaturas.

As decisões dos tribunais de Tavira e Vila Real de Santo António ficaram sem efeito no seguimento da decisão do TC, que determinou que a Lei da Limitação de Mandatos não impede que autarcas que já tenham cumprido três mandatos consecutivos, se candidatem à mesma função noutro município. Uma decisão final que os dois autarcas, em declarações ao Sul informação, consideraram que foi justa e era já esperada.

«Acho que se fez justiça, pois não fazia sentido eu ser inibido de exercer um direito que é a essência da Democracia, o de votar e ser eleito. Não fiz mal a ninguém para ser impedido de ser eleito», disse Francisco Amaral.

«Sempre esperei esta decisão. Conhecendo o direito como conheço e tendo acompanhado esta questão desde a primeira hora, desde 2005, não estranhei nada. Sendo os juízes do Tribunal Constitucional pessoas com grande formação em direito, não estranhei, considerando que era a única decisão possível», considerou, por seu lado, José Estevens.

Quanto à incerteza que rodeou a sua candidatura, que só terminou há poucos dias, o aidna presidente da Câmara de Castro Marim diz que sentiu a dúvida tanto em apoiantes como em eleitores. «Sinto que, de algum modo, fui prejudicado. Eu, pessoalmente, nunca baixei a guarda nem quebrei o ânimo, porque sabia que, no final, seria esta a decisão. Mas uma campanha não é feita só pelo candidato, mas por muitas pessoas e senti algumas pessoas tinham dúvidas e, não raro, perguntavam-me como iria ser», contou.

«Por outro lado, os eleitores também tinham essa dúvida instalada. Tudo isso, penso que pode ter perturbado», acrescentou.
«Logicamente que fui prejudicado por esta situação. As pessoas abordavam-me na rua e as pessoas perguntavam-me se eu podia ou não ser candidato. E eu acabava por não poder responder, por não saber. Sinto que fui prejudicado na altura, embora agora o efeito seja o contrário», admitiu o atual presidente da Camara de Alcoutim, referindo-se à recente decisão do Tribunal constitucional, que deu luz verde às candidaturas de autarcas que cumpriram três mandatos num município, noutro concelho.

sulinformacao

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