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O Estudo de Impacte Ambiental das dragagens no canal de navegação interior e na bacia de manobras do porto de cruzeiros de Portimão está em curso e deverá ser entregue à Agência Portuguesa do Ambiente em Setembro. Esta obra, que vai custar cerca de 18 milhões de euros, vai permitir que navios maiores possam atracar na cidade portimonense.

Ana Paula Vitorino, ministra do Mar, adiantou esta terça-feira, na cerimónia oficial de receção do Volcan de Tijarafe, que, «neste momento, está a finalizar-se o Estudo de Impacte Ambiental e espera-se que, no início de Setembro, possa ser enviado para a APA, para que seja iniciado o procedimento que leva à Declaração de Impacte Ambiental».

A governante explica que estes são «processos demorados», mas «esperamos que tudo corra bem em matéria ambiental e que, para o ano, estejamos em condições de lançar o concurso para fazer uma grande dragagem para aprofundar o canal».

Ana Paula Vitorino

Segundo Ana Paula Vitorino, a obra «custa mais de 18 milhões de euros e está contemplada na estratégia para o aumento da competitividade portuária dos portos do continente, aprovada em resolução de Conselho de Ministros».

Metade do valor da dragagem será financiada por fundos comunitários. Quando estiver concluído o concurso, terá início a obra, que «também dura algum tempo, cerca de um ano».

Para Ana Paula Vitorino, «é fundamental o crescimento do Porto de Portimão para fazer entrar navios maiores», não só para cruzeiros, mas «também para mercadorias».

Para a ministra, «o Porto de Portimão tem de ser mais do que um porto de cruzeiros, não podemos ter uma região do país sem um porto comercial, porque para o porto de Faro foi encontrada uma solução de cariz diferente. É preciso que Portimão assuma uma nova responsabilidade, vai passar a ser o único Porto de Mercadorias do Algarve», conclui a governante.

O impacto destas dragagens nos vestígios arqueológicos que permanecem no fundo do Rio Arade é uma preocupação dos arqueólogos, nomeadamente Cristóvão Fonseca que, durante o mês de Junho, participou em mais uma campanha de escavações subaquáticas neste local.

O arqueólogo defende que, de acordo com a lei, «o que é conhecido tem de ser salvaguardado», pelo que o plano das dragagens terá que «ter isso em conta».

sulinformacao

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