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A GNR expulsou na passada sexta-feira os autocaravanistas que estavam estacionados em  Silves e os estabelecimentos comerciais da cidade ressentiram-se.

A medida, levada a cabo pelo Núcleo de Proteção Ambiental da GNR, caiu mal junto dos comerciantes silvenses e mereceu críticas por parte da Câmara de Silves, que se comprometeu a «reverter a situação, promovendo a criação de condições adequadas para a instalação de um parque público de autocaravanas na cidade de Silves».

A autarquia admite que os autocaravanistas estacionados na Fissul e no espaço de Feiras e Mercados não estariam no local ideal, mas considera a medida da GNR «drástica».

Até porque, assegurou, «nos últimos tempos, a autarquia, em conjunto com a GNR, vinha desenvolvendo ações de sensibilização pedagógica junto dos autocaravanistas, no sentido de os persuadir a deslocarem-se para parques limítrofes com condições apropriadas, mas permitindo ao mesmo tempo que permanecessem junto à FISSUL, respeitando determinado conjunto de normas».

Já depois do lançamento desta notícia, a Câmara de Silves esclareceu que as ações de sensibilização não contaram com a participação daquela força policial, uma vez que «houve um lapso dos serviços da câmara, ao não estabelecerem o contacto em tempo útil com os responsáveis da GNR».

Fonte do Comando Territorial de Faro da GNR revelou ao Sul Informação que a operação foi feita «no seguimento de diversas denúncias recebidas, por parte da população», nomeadamente relativas ao lixo criado pelos autocaravanistas. «Havia quem usasse o rio para se lavar e lavar loiça e até quem usasse o espaço como casa-de-banho a céu aberto», acrescentou.

«Consideramos estranho e incorreto que a autarquia silvense não tivesse sido previamente informada e consultada», diz, por seu lado, a Câmara de Silves.

Como o Sul Informação pôde verificar, a expulsão dos caravanistas levou a que o fim-de-semana, no comércio local, fosse bem mais lento do que é habitual. As esplanadas dos cafés e restaurantes estiveram bem mais vazias do que é habitual e o negócio baixou substancialmente.

«Em tempo de grave crise económica, financeira e social, mais se impunha paciência, contenção e extrema ponderação nas medidas a tomar, porque a presença das autocaravanas na cidade de Silves representa um impulso e apoio à dinâmica do comércio local, que não é de desprezar», ilustrou, por seu lado, a Câmara de Silves.

(Acrescentado esclarecimento da Câmara de Silves às 17h15)

sulinformacao

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