Há uma paixão entre o Farense e o seu novo treinador, que ambas as partes esperam que resulte na subida da equipa de futebol profissional à I Liga.
Jorge Paixão foi oficialmente apresentado como o novo treinador do Farense esta segunda-feira e não escondeu o seu agrado por voltar a uma clube onde já foi «feliz» e que considera como a sua «casa».
Desta vez, Paixão vai poder preparar a época desde o início e tem o apoio da direção do clube, para tentar o assalto ao principal escalão do futebol português. O técnico e os responsáveis do clube estão em sintonia e já alinhavaram a estratégia para a época 2015/16, que passa por um «rejuvenescimento da equipa» e pela aposta em jovens valores.
«Definimos uma nova filosofia, que passa pela criação de um plantel mais jovem. O Plantel que tínhamos era composto por muitos jogadores com 38, 39 anos, que não são tão ambiciosos como os mais jovens. Desta forma poderemos, pelo menos, ambicionar a subir de divisão», resumiu o presidente do Farense António Barão.
Apesar de não prometerem a promoção à I Liga, este é o grande objetivo assumido tanto pela direção, como pelo novo treinador. «Já chega de estarmos na I liga, ambicionamos muito mais», disse António Barão. Já Jorge Paixão, diz que não quer voltar a sair, sem conseguir a promoção, e mostra-se entusiasmado «com o desafio de levar o Farense à I Liga».
Da última vez que orientou o clube, na época 2013/14, Jorge Paixão levantou a equipa do último lugar da tabela classificativa e garantiu um período de sucesso desportivo, que foi decisivo para a manutenção da equipa na II Liga (deixou o Farense na 11ª posição). Este sucesso levou o Sporting de Braga a contratá-lo, para substituir Jesualdo Ferreira. Desta vez, a ideia é ficar, «pelo menos, um ou dois anos».
«Quando falei com o presidente até lhe pedi que me colocasse uma cláusula de rescisão alta, para que não fosse tão fácil alguém vir buscar-me», assegurou. O compromisso com o Farense é total, garante, e até levou a que tenha colocado propostas que já tinha para «ir treinar para o estrangeiro» em stand by, à espera de um convite do Farense, que acabou por surgir. «Mal me convidaram, vim logo», disse.
O casamento parece ter tudo para ser feliz, mas muito depende do plantel e da sua resposta. «Quero gente que se disponha a deixar tudo em campo e a honrar esta camisola, que tem muito prestígio. O Farense é o maior clube do Algarve e um dos históricos a nível nacional», considerou o técnico.
A composição do plantel começará agora a ser definida, num trabalho conjunto da direção e do treinador. Quanto à equipa técnica, Jorge Paixão sabe que irá contar com Antero Afonso e José Serrão como adjuntos, havendo «a possibilidade de entrar mais um elemento».