O Orçamento Municipal de Faro para 2016 foi aprovado pela Assembleia Municipal de Faro, com os votos a favor PSD e abstenção das demais forças políticas. Ainda assim, o PSD não se mostra agradado com o documento cuja aprovação garantiu, que apelida de «geringonça orçamental» do PS, desenhada para «paralisar a Câmara».
Desta vez, Rogério Bacalhau obteve o apoio do seu partido, que não tem maioria nem na Câmara, nem na AM. O mesmo Orçamento Municipal já tinha passado em Reunião de Câmara apenas com um voto a favor, o do presidente da Câmara Rogério Bacalhau, que aceitou introduzir no documento alterações impostas pelo PS, o que levou os demais vereadores do executivo permanente (PSD/CDS) a não votar favoravelmente o Orçamento.
A luz verde dada pelo PSD a um Orçamento para 2016 com o qual não concorda – «representa um desvirtuar profundo da visão orçamental» que defende, «baseada, entre outros princípios, na manutenção dos termos já acertados da regularização das dívidas aos nossos credores» – deveu-se à recusa de deixar a Câmara sem Orçamento. «Em tempos ainda muito difíceis, o município não pode permitir-se não ter um documento previsional fundamental», dizem.
Aquilo que leva os social-democratas a ver com maus olhos este orçamento é a imposição do PS de abater em 800 mil euros a dívida ao Plano de Apoio à Economia Local, quando Faro ainda deve cerca de duas dezenas de milhões de euros, a pagar em 20 anos, no âmbito deste processo.
Assim, consideram que a vontade do PS foi «desvirtuar um orçamento sério e rigoroso, com uma forte inclinação para o desenvolvimento económico, social e ambiental do concelho», no sentido de «paralisar a Câmara».
Os social democratas farenses vão mais longe e acusam o PS de deixar «um filho órfão», ao não votar o Orçamento que forçou, «um pouco como já tinha feito com as dívidas que criou no município, no nefasto mandato 2005/2009».
«O PSD/Faro adverte que estará muito atento ao exercício da oposição socialista ao longo de 2016. Aqui estaremos para denunciar e atuar com contundência perante qualquer nova tentativa de paralisação da ação autárquica. Não por cálculo político, mas por respeito aos munícipes que, uma vez mais, são as vítimas das diatribes políticas deste partido socialista», acrescentou a estrutura partidária.
