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fatacil_apresentação_2A FATACIL, que vai decorrer em Lagoa de 19 a 28 de Agosto, terá este ano mais espaço para circular, uma nova arrumação mais atraente…e até vai tentar bater um recorde do Guinness.

Para que tudo isso seja possível, a FATACIL está em obras, como salientou o presidente da Câmara Francisco Martins, na apresentação oficial do certame, na segunda-feira. «As pessoas passam lá, veem as obras e dizem que estão atrasadas. Não estão! Comprometo-me a que estejam prontas muito a tempo da FATACIL», disse o edil lagoense.

As obras, que custam 150 mil euros, passam pela construção de um novo e mais funcional pórtico de entrada, pela remoção do palco fixo na zona dos restaurantes, dando-lhes assim mais espaço, e pela transformação da nave, que passará a ser mais baixa, mais aberta…e a acolher, pela primeira vez, o espaço “aMARaTERRA”, onde se juntam todos os produtores regionais de vinhos, conservas, sal, licores, mel, enchidos, queijos, e outros produtos algarvios.

Francisco Martins acrescentou que as obras são necessárias «por uma questão de segurança», mas também para garantir uma nova circulação no interior da feira e mais visibilidade, logo que se entra, para os setores importantes, como o espaço “aMARaTERRA”, em nova localização.

Este será também o ano em que a FATACIL será organizada, pela primeira vez em muitos anos, diretamente pela Câmara Municipal, e não pela FATASUL, uma entidade externa que acumulou avultados prejuízos, acabando por ser extinta.

Isso, explicou o presidente da autarquia, levou a alguns constrangimentos, nomeadamente na contratação, mas também em coisas tão comezinhas como na quantidade de dinheiro de caixa nas bilheteiras. «Para abrirmos as bilheteiras todos os dias precisamos de 10 mil euros em dinheiro de caixa, para trocos. Mas só podemos ter 500 euros…»

 

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O grande objetivo desta que é a maior feira generalista a Sul do Tejo é agora voltar a focar-se naquilo que é a base da sua identidade e diferença: o Algarve.

«A FATACIL, quando nasceu, era uma montra das atividades económicas do nosso concelho, mas devagar, devagarinho, Lagoa foi desaparecendo da FATACIL, devagar, devagarinho, o Algarve foi desaparecendo da FATACIL. É precisamente isso que queremos inverter!», anunciou o presidente Francisco Martins.

O primeiro sinal desta inversão da tendência é o facto de o pavilhão “aMARaTERRA” ter sido deslocado do canto da feira, junto aos animais, para o centro, quase logo à entrada, passando a ocupar toda a nave coberta, que foi sujeita a profundas obras.

O edil de Lagoa assumiu mesmo o compromisso, perante os jornalistas presentes na conferência de imprensa de apresentação da feira, de «nos próximos três anos, 80% da FATACIL ser Algarve».

Para essa vertente mais algarvia e mais ligada à identidade do concelho também contribui o setor equestre, que trará o cavaleiro francês Gari Zoher – pela primeira vez a atuar em Portugal – e o Campeão do Mundo de Equitação de Trabalho, o português Pedro Torre, bem como a aposta que este ano é feita no setor do vinho. Ou não fosse Lagoa, durante 2016, a Cidade do Vinho a nível nacional.

«O Algarve é uma pequena região produtora de vinho, no contexto nacional. Produzimos pouco mais de um milhão de litros de vinho anuais. Mas os vinhos do Algarve passaram a ter qualidade», garantiu José Graça, sub-diretor regional de Agricultura, também presente na apresentação do certame.

 

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Por isso, um dos pontos altos desta edição da feira será a tentativa de bater o recorde do maior brinde do mundo. O brinde será feito com o mesmo vinho de Lagoa, o Lagoa Reserva DOP 2014, que esteve a estagiar no fundo do Rio Arade.

Para que o recorde seja batido e possa ser registado no Guinness Book of Records, será preciso haver pelo menos 1500 pessoas a brindar em simultâneo com o vinho de Lagoa. Por isso, vá já marcando na sua agenda uma ida à feira nesse dia.

«O Município de Lagoa já estabeleceu contactos com o Guinness Book, para saber o que é preciso oficialmente e quais as condições», anunciou Luís Encarnação, o vereador responsável por toda a programação da Lagoa Cidade do Vinho 2016.

A tentativa de bater o recorde até já tem data marcada: será na noite de 27 de Agosto, no palco, mesmo antes do concerto de Ana Moura. E quem sabe se a própria cantora não irá também ela ajudar a quebrar este recorde?…

Mas o setor do vinho estará ainda em força a outro nível: «sendo Lagoa a embaixadora do vinho português ao longo deste ano de 2016, cada um dos dias da feira será dedicado a uma região vitivinícola, com prova de vinhos, gastronomia dessa região e folclore», revelou o vereador Luís Encarnação.

Ao todo, haverá na FATACIL 15 expositores de vinho fixos, mais a representação da Comissão Vitivinícola do Algarve e a da Associação Nacional dos Municípios do Vinho. Mas a esses terão de ser acrescentados os dois ou três produtores de cada região que estarão na feira todos os dias, a apresentar a sua produção.

Outra aposta que a FATACIL continua a fazer todos os anos é na qualidade do cartaz musical, que este ano custa 200 mil euros aos cofres da organização. O responsável por isso é o músico André Sardet que recordou que a feira de Lagoa «tem importância muito marcada na carreira de muitos músicos». E foi precisamente essa característica que permitiu trazer Rui Veloso por quase metade do seu cachet normal, para o concerto de encerramento da FATACIL, no dia 28 de Agosto.

«O Rui Veloso também fala com um brilho nos olhos da FATACIL, mas estava arredado da nossa feira há muitos anos. Ele não está a fazer muitos concertos, por opção, mas quando lhe falei da FATACIL ele quis cá estar», acrescentou André Sardet.

De resto, explicou o músico e promotor de espetáculos, o cartaz será «muito eclético, mas não se repetindo em outros eventos do Algarve». Esse foi, garantiu Sardet, «um dos grandes cuidados e das grandes dificuldades da negociação». E será assim que, pelo palco da feira de Lagoa, passarão DAMA (19 de Agosto), Anselmo Ralph (20), The Gift (21), Agir (22), Miguel Araújo (23), Quim Barreiros (24), Rita Guerra (25), Mickael Carreira (26), Ana Moura (27) e Rui Veloso (28).

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Pórtico de entrada da FATACIL em obras: já se vê as diferenças, mesmo no interior

 

De resto, para evitar chatices na hora de encontrar um lugar para estacionar, este ano haverá quatro parques de estacionamento, aumentando «em muito a capacidade de estacionamento», revelou ainda o presidente da Câmara. Além disso, os parques dos supermercados Aldi e Apolónia, situados a poucas centenas de metros do recinto da FATACIL, junto à estrada para Carvoeiro, poderão ser utilizados a partir das 22h00 e de forma gratuita.

Para que não falte dinheiro para as compras, este ano haverá três máquinas multibanco no recinto, uma delas na zona da restauração.

E para concluir os números: a FATACIL custou este ano 850 mil euros, dos quais 200 mil gastos no cartaz musical e 150 mil nas obras em curso. Terá 700 expositores e são esperados mais de 300 mil visitantes.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues|Sul Informação e Kátia Viola|CMLagoa

 

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