Todos os atos administrativos que tenham a ver com provas, clubes de ciclismo ou agentes desportivos do Algarve foram recentemente concentrados nos serviços da Federação Portuguesa de Ciclismo, em Lisboa, apurou o Sul Informação.
Em causa, problemas de funcionamento que a Associação de Ciclismo do Algarve está a enfrentar, aliados à súbita indisponibilidade da pessoa que, desde Novembro passado, colaborava com a FPC ao nível dos trâmites administrativos, no Algarve.
Num email interno a que o Sul Informação teve acesso, a Federação anunciava que, «no seguimento dos últimos factos ocorridos com implicações diretas no funcionamento da atividade regular do ciclismo na região do Algarve, vimos informar que todos os serviços administrativos (ex. licenciamento de provas, requisição de policiamento, filiações, arbitragem, publicação de resultados etc) deverão ser solicitados directamente à Federação Portuguesa de Ciclismo».
Em declarações ao nosso jornal, o presidente da FPC Delmino Pereira precisou que a concentração de atos em Lisboa está ligada «à indisponibilidade de um colaborador», que desde o ano passado tratava dos atos administrativos dos associados algarvios.
Não querendo comentar muito a situação, Delmido Pereira disse apenas que, na base da situação, está «um problema que obrigou a Associação de Ciclismo do Algarve (ACA) a parar a sua atividade». Perante esta situação, a Federação decidiu, «em Novembro passado», criar uma delegação regional no Algarve, e contavam com uma pessoa que «coordenava a área do ciclismo na região».
Já o presidente da ACA Rogério Teixeira disse ao Sul Informação que está a procurar resolver o problema, pelo que não quis revelar pormenores.
Adiantou apenas que «não se trata de uma questão de contencioso, mas sim, essencialmente, de funcionamento».
Também Delmino Pereira se mostra convicto que a situação se resolverá em breve, o que significa que a atual concentração de competências na FPC será «temporária». «Estamos a tentar ultrapassar esta questão e reativar a associação», garantiu, acrescentando que «não deixa de contar com a associação» para realizações futuras.
Esta situação não afetou a organização e a realização da Volta ao Algarve, em 2015, e não deverá ter implicações na do ano que vem. Mas a situação deverá manter-se «até final da época, porque o pico da atividade do ciclismo, que acontece entre Dezembro e Março, já passou».