O grupo de música árabe e dança oriental El Laff vai estar hoje e amanhã, dias 11 e 12 de Fevereiro, no Cine-Teatro Louletano e no Centro Cultural de Lagos, respetivamente, para mais dois concertos inseridos na programação do Festival Al-Mutamid, marcados para as 21h30.
A formação musical vai apresentar um repertório de músicas do Magrebe, Médio Oriente e música sufí de países como a Turquia, Egito, Marrocos ou Tunísia. O canto solista e os coros são acompanhados por instrumentos tradicionais do mundo árabe.
Em palco, os músicos Abdelatif Louzari (violino e voz), F. Depiaggi (nay, mizmar e mijwiz), Chello “al arabi” (darbouka, bendir, rik) serão acompanhados pela bailarina Mercedes Campello (dança oriental e giro sufi), que irá dançar ao ritmo de alguns estilos de dança oriental, nomeadamente masmoudi kebir, wadha kebir, malfuf, samahi, masmudi saghayir.
Em Loulé, os bilhetes para o espetáculo custam 10 euros, para o público em geral, e 8 euros para menores de 30 anos e maiores de 65. Em Lagos, os bilhetes custam 10 euros.
O Festival Al-Mutamid, que em 2017 contempla concertos nos concelhos de Lagoa, Vila Real de Santo António, Silves, Albufeira, Loulé e Lagos pretende recordar o rei poeta Al-Mutamid, filho e sucessor do rei de Sevilha Al-Mutadid.
«Muhammad Ibn Abbad (Al-Mutamid) nasceu em Beja (1040) e foi nomeado governador de Silves com apenas 12 anos, tendo aí passado uma juventude refinada. Em 1069 acedeu ao trono de Sevilha, o reino mais forte entre os que surgiram em Al-Andaluz após a queda do Califato de Córdoba. Em 1088 foi destronado pelos almorávides e preso em Agmat, a sul de Maraquexe onde viria a falecer em 1095. O seu túmulo, conservado até hoje, tornou-se símbolo dos mais belos tempos de Al-Andaluz», segundo a Câmara de Loulé.
«Este evento visa resgatar e divulgar a música e a poesia que durante séculos inundou bazares, medinas e palácios, mas também responder a uma oferta turística dotada de peso cultural, complemento das ofertas tradicionais, dando a conhecer povoações e outros lugares de interesse que, por diversas razões, estão ligadas à civilização andaluza», concluiu a autarquia louletana.