Perto de 21 mil pessoas em dois dias e lotação esgotada no sábado, com 12 mil pessoas a encherem o recinto do Festival F, na Vila-Adentro de Faro.
À 3ª edição, o Festival «conseguiu atingir a consolidação» e encontrou um modelo que, a partir de agora, apenas sofrerá retoques, «no sentido de aumentar a qualidade», revelou ao Sul Informação o vice-presidente da Câmara de Faro Paulo Santos.
«Em termos de números, que é uma das formas de medir o sucesso duma iniciativa desta natureza, cumprimos o nosso objetivo de andar acima dos 20 mil visitantes. Tivemos muito mais pré-venda de bilhetes, não só no período promocional, mas também depois, o que significa que as pessoas estão mais fidelizadas e já procuram com antecedência», considerou Paulo Santos.
Mas, mais que isso, a Câmara de Faro, que organizou o evento através do Teatro das Figuras, sentiu que houve uma satisfação generalizada, da parte de quem esteve no evento. «Houve muita gente a felicitar-nos, por mensagem, reações nas redes sociais e presencialmente, no próprio recinto. E sentimos um enorme orgulho, não só dos farenses, mas dos algarvios, por ter aqui um festival que se conseguiu afirmar em três anos», contou.
«Este foi, claramente, o ano de consolidação do festival. Para organizar o F, nós trabalhamos muitos meses, por antecipação. Do 1º para o 2º ano, sentimos uma dificuldade enorme para que as pessoas fora do Algarve soubessem o que era o F e tivessem ouvido falar do festival. Este ano, principalmente depois da edição de 2016, temos tido muitos contactos de pessoas e empresas interessadas em ser nossos parceiros», revelou o vice-presidente da autarquia farense.
Também a ampliação do recinto para a Sé se revelou um sucesso, alteração que é para manter, no futuro. Aliás, no que toca ao recinto em si, já muito pouco se irá alterar, tendo em conta que «o festival já ocupa praticamente toda a Cidade Velha e não irá expandir-se além dela», segundo Paulo Santos.
Como se percebe, não há qualquer dúvida da parte dos organizadores do Festival F de que haverá uma quarta edição, no ano que vem. Tanto assim é que já há data definida para a realização do evento, em 2017: dias 1 e 2 de Setembro, sexta-feira e sábado.
Ao longo de dois dias, o evento deu música aos visitantes, mas não só. O F é um festival com diversas dimensões, contando com a presença de produtores locais, mas também com uma forte vertente gastronómica, onde se incluíram bancas de street food, e com tertúlias sobre política, literatura e música.
Em 2016, acabou pior estar associada ao evento uma vertente de solidariedade com os animais, muito por culpa de alguns dos protagonistas do festival. Como o Sul Informação já tinha dado conta, a banda GNR aceitou o desafio do RIAS e ajudou a devolver à natureza um peneireiro-vulgar, pequeno falcão que acabou batizado com o nome da música do grupo «Asas Elétricas».
Mas não foram os únicos a mostrar-se solidários com os animais, já que a fadista Gisela João veio a Faro cantar e levou com ela um gato, que adotou. «Pelo que sei, foi algo bastante espontâneo. Ela estava a passear na Baixa, cruzou-se com uma campanha da Pravi e decidiu adotar um gato», contou.