A primeira fornada de finalistas do curso de Medicina da Universidade do Algarve (UAlg) vai apresentar o resultado dos projetos que desenvolveram neste último ano, na sequência de estágios em contexto real, numa sessão que terá lugar amanhã, sexta-feira, às 14 horas, no Museu Municipal de Faro.
Os estudantes do Mestrado Integrado em medicina da UAlg aproveitaram o chamado período «elective» para rumar a locais tão diversos como a Índia, Timor, Brasil, Estados Unidos, Israel, Reino Unido, ou, ainda, em diferentes regiões de Portugal.
Projetos que, segundo a universidade, «retratam, no seu conjunto, situações muito diversas e experiências motivadoras que merecem ser partilhadas». Um dos exemplos dados é o de Sofia Carneiro que propõe «uma viagem pelo antes, o durante e o depois do seu bloco opcional em Moçambique, através de um estágio em Pediatria».
«A escolha de Moçambique não foi em vão, queria um país em desenvolvimento, onde pudesse não só aprender, mas também onde as suas mãos e a sua vontade fossem úteis a uma população», considerou a aluna.
Para outro continente, mas com o mesmo espírito, foram Sofia Fraga e Catarina Araújo, que deram ao seu projeto o sugestivo nome «Hindu eu, hindu eu… o nosso elective na Índia».
«Começámos o nosso elective no Amritha Institute of Medical Sciences, em Cochim, no estado de Kerala, onde estagiámos nos serviços de Medicina Interna, Medicina Comunitária, Cirurgia Gastrointestinal e Dor & Cuidados Paliativos.
Entre comboios e riquexós chegamos ao Goa Medical College Hospital onde as equipas de Ginecologia & Obstetrícia e Ortopedia e Trauma nos receberam. Após uns voos e uns carris (e algumas dores de barriga) aterramos em Nova Deli para o último estágio em Cardiologia no Sanjeeva Hospital», descrevem as futuras médicas.
A estas experiências se juntarão o projeto de João Amaral e Margarida Coutinho, o de José Pereira e Joana Monteiro Dias e o de Ricardo Correia e Tânia Gago, entre outros.
Ao todo, são «29 os alunos que vão apresentar os seus projetos e o mesmo número de experiências que vão ser partilhadas, vividas um pouco por todo o mundo e também em Portugal».