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Foto de arquivo

A formação de pescadores, no Algarve, está «estagnada», apesar de haver muitos interessados em tirar um curso nesta área, denunciou a Quarpesca – Associação de Armadores Pescadores de Quarteira.

A organização disse que sugeriu «a realização de três ações de formação nas nossas instalações este ano, visto que só para o curso de pescador temos 47 inscritos, ao que nos foi transmitido que toda a formação do polo da For-Mar de Olhão está estagnada devido a falta de verba, à semelhança do que se passa um pouco por todo país».

Uma situação que agrava aquele que a Quarpesca aponta como «um dos problemas mais sérios que afetam o sector das pescas em Portugal»: a falta de mão de obra.

«Tem sido uma missão complicada atrair jovens para trabalhar num sector que soma problemas ano após ano (quotas de pesca limitam lucros, condições meteorológicas adversas, elevada burocracia, falta de uma estratégia de aposta no sector, etc)», segundo a associação.

Ainda assim, nos últimos anos tem havido «uma procura crescente de ações de formação, especialmente para o curso de Pescador», fenómeno que, para a Quarpesca, poderá estar associado à crise.

«A Quarpesca colabora com o For-Mar há muitos anos na divulgação e realização destes cursos, sendo que temos notado desde há dois anos a esta parte uma diminuição na oferta de formação, em contraste com a crescente procura», acrescentou.

Tendo em conta esta situação, a associação quarteirense deixa uma questão: «como podemos cativar os jovens para uma atividade já de si não muito apelativa, se falhamos na mais elementar medida que é a aposta forte na formação de pescadores?».

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