A Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) queixa-se de «excesso de zelo» da parte da GNR, durante um protesto que os ativistas anti portagens promoveram, na passada quinta-feira, na Ponte Internacional do Guadiana.
A CUVI queixa-se de ter sido impedida de distribuir folhetos informativos aos turistas que aguardavam numa extensa fila, na praça de portagens à entrada de Portugal,naquilo que acusam ter sido «uma atitude excessiva e desnecessária», da parte desta força policial.
O protesto em si, fez-se com uma marcha lenta que partiu do início da Ponte Internacional do Guadiana no lado português, entrou em Espanha e regressou ao local do pagamento de portagens, no outro lado da via. Aí os manifestantes empunharam diversas faixas e cartazes de protesto contra a continuação das portagens, exigindo a sua rápida suspensão.
As razões de queixa da CUVI são relativas ao período que se seguiu à marcha, já na zona onde estão instaladas as máquinas de venda de títulos, que permitem a carros estrangeiros circular legalmente na A22. Aqui, a GNR, «obrigou os manifestantes a ficarem todos na beira do passeio exterior que ladeia as portagens, impedindo-os de chegar perto dos carros que nelas paravam», segundo a CUVI.
«Só ao fim de muita insistência e de muita discussão é que foi permitido a um cidadão e apenas a um (?!) aproximar-se dos carros e ir entregando alguns folhetos», contam os ativistas anti-portagens. Presentes no protesto estiveram cerca de 20 elementos da CUVI e do Motoclube de Faro, entre os quais o deputado à Assembleia da República João Vasconcelos, que já avançou com uma proposta de Lei para abolição das portagens na Via do Infante, que deverá ser discutida e votada em breve, no Parlamento.
Veja as fotos do protesto da CUVI:
(Fotos: CUVI)