Fotos: Hugo Rodrigues|Sul Informação
Por estes dias, o centro histórico de Castro Marim está transformado numa vila medieval, com direito a tudo o que se possa imaginar.
Os Dias Medievais deste concelho do Sotavento são levados muito a sério pela autarquia e pelos habitantes locais, que fazem da festa a recriação desta época da história «com maior rigor» do país, segundo o presidente da Câmara Francisco Amaral.
Em 2016, a autarquia, que organiza o evento, apostou num alargamento no tempo e ao nível do espaço ocupado pelos Dias Medievais, que podem ser visitados até amanhã, domingo. Desta vez, há cinco dias de festa e um mercado medieval ainda mais amplo do que no ano passado. E também não falta gente disposta a encher as ruas da vila e a subir ao Castelo, onde a sensação de se ter viajado 500 anos para o passado é ainda mais forte.
E não é para menos. À medida que se calcorreia o antigo empedrado das ruas da fortificação, vão-nos surgindo ao caminho cavaleiros, damas, gentis-homens, pajens, soldados e camponeses, mas também pedintes, bruxas, demónios e outros seres estranhos que enchiam o imaginário popular, na Idade Média.
«Este é o evento medieval de maior rigor que se pratica em Portugal e, como tal, há que valorizá-lo cada vez mais. E foi isso que nós quisemos fazer. Há um grande envolvimento da população local, dos comerciantes e da associações, que estão todos empenhados em valorizar esta festa», ilustrou Francisco Amaral, em declarações ao Sul Informação, momentos antes de ser o anfitrião de um banquete medieval, uma das imagens de marca da iniciativa.
Com mais dias, há também mais oportunidades de negócio e um maior retorno para a economia local, na qual este evento tem «um grande peso». «Com o mesmo investimento, estamos a procurar obter mais receitas. Eu só vou descansar quando estes Dias Medievais forem autossustentáveis, algo que não aconteceu ao longo dos anos», acrescentou.
A julgar pela adesão aos Dias Medievais de 2016, a Câmara de Castro Marim parece estar no bom caminho. Na quarta e na quinta-feira, juntaram-se largos milhares de pessoas no recinto, apesar de serem dias de semana, entre os quais muitas vindos de Espanha.
«Ainda não fizemos um estudo sobre a percentagem de visitantes que temos do país vizinho. Mas eu ando por aí e só oiço falar espanhol», disse, a rir, Francisco Amaral.
Como no ano passado, os visitantes voltam a poder optar por visitar apenas o Mercado Medieval, pagando 2 euros pelo bilhete (menores de 12 anos não pagam). Quem quiser ter acesso a todo o recinto (mercado e castelo), terá de desembolsar 6 euros, caso tenha mais de 12 anos, ou 3 euros, para crianças entre os 6 e os 11 anos.
Os residentes no concelho têm acesso gratuito a todo o evento.