O jazz andou, esta manhã, à solta pelas ruas de Lagoa. Para comemorar os 242 anos da criação do concelho, a Orquestra de Jazz do Algarve, que agora tem sede em Lagoa, dividiu-se em três grupos e deu concertos, ao mesmo tempo, em locais diferentes da cidade. Só faltou o público…
Às 10h00, a OJA Redux atuou no Coreto do Jardim 5 de Outubro, o Quarteto de Saxofones da OJA esteve junto às piscinas municipais e aos cafés que ali existem e a The Messy Band (jazz tradicional) começou por tocar junto ao Mercado, para depois atuar ainda frente à Câmara Municipal, junto à Pastelaria Algarve e frente ao Auditório Municipal.
Para que os músicos pudessem dar o seu melhor, até os aguaceiros deram tréguas e, enquanto houve música, não houve chuviscos.
Quando The Messy Band começou a tocar junto ao Mercado Municipal, as atenções dos vendedores, fregueses e outras pessoas que passavam na rua viraram-se sobretudo para o trompete de bolso tocado por Hugo Alves, líder da Orquestra de Jazz do Algarve, por se tratar de um instrumento tão pequeno. «Até parece de brincar», comentava um idoso, parado do outro lado da rua. «Mas olha a música que aquilo dá», respondia outro.
Os 15 músicos, nas diversas formações acessórias da OJA, interpretaram também estilos diferentes de jazz. O público é que foi escasso. Apesar do sol que teimou em brilhar toda a manhã, enquanto os concertos simultâneos duraram, foras escassas as dezenas de pessoas que assistiram. Culpa da divulgação, certamente, uma vez que a qualidade da música merecia outra exposição.
Ainda assim, um caminhante que passava frente à Câmara Municipal, de mochila em carregada às costas, cajado na mão e ar de quem anda há muito na estrada, fez questão de, com bom humor, agradecer «a receção que me fizeram nesta cidade».