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Há quem venha em motociclos potentes, outros fazem a viagem em motorizadas de baixa cilindrada e até há quem chegue a pé, depois de apanhar um avião para o Aeroporto de Faro. Todos os meios de transporte servem para chegar à Concentração Internacional de Motos do Motoclube de Faro, cuja 34ª edição começou esta quinta-feira, no Vale das Almas.

Até domingo, e como é tradição, a cidade de Faro e as estradas do concelho vão estar cheias de motociclistas, que rumam a Sul para participar na maior concentração motard de Portugal e uma das maiores da Península Ibérica. Este ano, são esperadas 15 mil motos, com a organização a apontar para um “quórum” de 25 mil participantes, ao nível das últimas edições.

O presidente do Motoclube de Faro Zé Amaro esteve à conversa com o Sul Informação e com a Rádio Universitária do Algarve RUA FM, esta quarta-feira, para fazer a antecipação da edição deste ano.


O cartaz musical já é conhecido há muito e conta com os britânicos «The Stranglers» e com os portugueses Blind Zero, entre muitos outros. Mas, defende Zé Amaro, a música não é o principal atrativo desta festa, pelo que foi feito um esforço para a melhorar. Assim, há novidades, nomeadamente ao nível do visual de alguns espaços.

«Houve algumas mudanças. Quem conhece o recinto, sabe que temos uma tenda, que é um túnel (zona de estar e restauração), que foi totalmente modificado, ao nível do visual. Vamos ter animação de rua permanente, algo que considero fundamental. O próprio Bike Show também terá uma nova imagem, bem como a tenda onde vendemos o merchandising», contou Zé Amaro.

O que se quer que não mude, é o espírito da festa. O convívio e as amizades que se criam é a parte principal da festa, «mais do que a parte negocial». E, ao longo de 34 anos, foram muitos os amigos ganhos e que continuam a voltar, ano após ano, para o bom e para o menos bom.

«Temos muitos sócios de outros países. Neste momento temos uma série deles a ficar lá na sede, espanhóis, irlandeses e ingleses. Vieram para cá e estão ali há quinze dias a trabalhar no recinto, a limpar, a cortar ramos de árvore e a passar cabos de eletricidade»

Também há quem arrisque a fazer longas viagem em motociclos de baixa cilindrada, autênticas aventuras de apaixonados pela vida na estrada.

«Há um alemão de certa idade que veio de Munique  numa motorizada de 50 Centímeros Cúbicos CC», contou Zé Amaro. Ou seja, numa mota com a mesma cilindrada da maioria das scooter. Um outro Motard, este já bem conhecido do Motoclube, «veio da República Checa numa 80 CC e depois vai até ao Mali».

«Eles vêm andando, vão parando e conhecendo as pessoas. As concentrações são um pretexto para as pessoas viajarem e irem conhecendo coisas novas pelo caminho», acrescentou.

sulinformacao

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