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«Portimão é o concelho com mais desemprego do Algarve, por isso todas as respostas sociais a este flagelo fazem falta e são importantes», disse ao Sul Informação a presidente da Junta de Freguesia de Portimão, no lançamento do Gabinete de Inserção Social (GPI), que se destina precisamente a ajudar quem perde o emprego a encontrar soluções.

Ana Figueiredo lembrou que, em março passado, havia 5216 pessoas inscritas no Centro de Emprego da cidade, e que o desemprego atingia 22,7% da população ativa.

Continuando nos números, a presidente da Junta de Freguesia adiantou que a sua autarquia, no serviço de apresentações quinzenais de desempregados, atendeu em 2011 um total de 22455 pessoas, o que dá uma média de 2800 por mês.

São números que traduzem a dura realidade do desemprego no concelho de Portimão e no Algarve – ainda ontem se soube que a taxa de desemprego atingiu 20% na região, o que constitui um recorde absoluto a nível nacional.

Daí que Ana Figueiredo saliente a importância do GIP, considerado como «uma nova resposta social, num conjunto de várias respostas que temos tido há muito, em conjunto com o Instituto de Emprego e Formação Profissional».

O GIP, um dos dezasseis existentes no Algarve e o único em Portimão, tem diversos objetivos a alcançar. O mais importante – e porventura mais difícil – é encontrar 30 postos de trabalho para desempregados num ano. «Vamos fazer os possíveis por cumprir esse objetivo e, se possível, ultrapassá-lo», afirmou, esperançada, a autarca Ana Figueiredo, na sessão de lançamento do GIP, que na terça-feira decorreu no Teatro Municipal de Portimão.

Também presente na sessão, Carlos Baía, delegado regional do IEFP, salientou que, sendo Portimão, neste momento, o concelho com mais desemprego no Algarve, isso «exige medidas acrescidas».

Uma das medidas, que também foi apresentada, é a «Estímulo 2012», que promove a contratação de trabalhadores desempregados inscritos no IEFP há mais de seis meses. «É importante que não só os empresários, mas também os desempregados conheçam esta medida, para que possam dizer, quando se candidatam a um emprego: se me contratar pode beneficiar de apoios financeiros», explicou Carlos Baía.

Luís Carito, vice-presidente da Câmara de Portimão, disse, por seu lado, que a autarquia está «muito preocupada com a situação que o concelho, a região e o país estão a viver, em termos de desemprego».

O vice-presidente admitiu que «a taxa de desemprego provavelmente não irá parar por aqui», tendo em conta a situação económica.

O autarca recordou que a Câmara tem vindo a implementar medidas de apoio às pessoas, sobretudo dirigidas àquelas que nem subsídio de desemprego têm. É o caso do apoio à renda de casa ou do apoio social direto, em termos de alimentação e de medicamentos.

«Infelizmente, estamos já à espera que os números do desemprego aumentem nos próximos tempos», disse.

Precisamente para tentar soluções para o desemprego crescente, foi criado o GIP que funciona na Junta de Freguesia de Portimão. A apresentação do novo serviço e ainda da medida Estímulo 2012, para a qual foram enviadas centenas de convites a empresários, empreendedores, desempregados e sociedade em geral, não pareceu, no entanto, despertar grande interesse, já que a sala do auditório pequeno do Tempo não tinha nem um quarto da sua capacidade ocupada…

sulinformacao

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