A gala do segundo aniversário da associação Algfuturo realizou-se no dia 24 de Junho, «num grande ambiente de unidade» e com direito à assinatura de um protocolo de cooperação entre aquela entidade e a Associação Académica da Universidade do Algarve (AAUAlg).
Quer Rodrigo Teixeira, presidente da AAUAlg, quer José Vitorino, presidente da Algfuturo, congratularam-se com esta cooperação que quer promover a «valorização dos alunos» e a sua «integração na vida das empresas e da sociedade, nomeadamente através de reflexão conjunta sobre temas relevantes para a região, parcerias em iniciativas das partes e ligação ao mercado do trabalho para efeitos de emprego e estágios».
No início da sua intervenção, José Vitorino considerou que «em virtude da presença de elevado número de visitantes, sobretudo no Verão, foi-se consolidando no país uma certa ideia de que o Algarve não tem grandes problemas e até é privilegiado em relação a outras regiões».
Só que «infelizmente para o Algarve, essa ideia é errada e desmentida pelos dados oficiais». Neste sentido, o presidente da Algfuturo manifestou a sua preocupação pelos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o desenvolvimento regional.
É que nesses o Algarve foi, em 2015, a região, da NUT II, com um menor índice de desenvolvimento global (que agrega os índices de competitividade, coesão e qualidade ambiental).
O dados «vêm confirmar no essencial as posições tomadas pela Associação até agora», diz a Algfuturo.
Perante isto, José Vitorino disse que «o caminho é o trabalho árduo no Algarve, para se melhorar o máximo, e ao mesmo tempo, com uma grande parceria regional, convencer o poder central e a União Europeia de que as terapias e poucas verbas dos fundos comunitários têm prejudicado e injustiçado a região, justificando outras políticas».
Na sua intervenção, José Vitorino também homenageou o ex-deputado Cristóvão Norte e o empresário Franklin Rosa, dirigente e fundador da Algfuturo, entretanto falecidos.
Neste evento também houve direito a um minuto de silêncio pelas mortes dos recentes incêndios. A gala, que foi presidida por António Correia de Campos, presidente do Conselho Económico e Social (CES), contou também com a presença de Francisco Serra, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento (CCDR) do Algarve, que fez um balanço sobre os fundos comunitários do quadro anterior e do atual.
Já Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, no âmbito do lema da gala relativo às parcerias, fez um ponto de situação sobre a cooperação do Município com várias entidades.
Também participaram deputados de vários partidos políticos, outros autarcas, a Região de Turismo do Algarve (RTA), comandantes da GNR, PSP, Marinha, diretores da PJ, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), da Ambifaro, do Algarve 365, assim como Miguel Freitas, primeiro secretário da AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve, e docentes da Universidade do Algarve (UAlg).
A estes juntaram-se parceiros sociais como associações empresariais, centrais sindicais, juventude, solidariedade, saúde, desporto, ou associações de proprietários estrangeiros. A animação foi feita pelo Grupo” Vá-de-Viró” e do Clube de Danças João de Deus.
Esta gala teve a colaboração institucional do Instituto Dom Francisco Gomes e da Câmara Municipal de Faro.