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EN2 de Faro a Chaves_1
Não será, para já, a intervenção profunda que a Câmara de São Brás de Alportel há muito reclama, mas há um compromisso, da parte do secretário de Estado das Infraestruturas, em tentar avançar este ano para a criação de rotundas nos pontos mais críticos da EN2, entre São Brás e Faro.

A ideia principal é promover a segurança rodoviária, ao mesmo tempo que se facilita a vida de quem usa esta via.

A garantia de que vai ser dada uma atenção especial à EN2, entre Faro e São Brás, foi transmitida pelo membro do governo ao edil sãobrasense Vítor Guerreiro, numa reunião que decorreu em Lisboa, na passada semana. O autarca algarvio encontrou-se com Guilherme d’Oliveira Martins para procurar sensibilizar o Governo para a importância de melhorar o acesso entre o seu concelho e a A22, bem como a Faro, e obteve «um feedback positivo».

«O senhor secretário de Estado disse que iria equacionar avançar já este ano com as rotundas no cruzamento de acesso à A22 [perto de Estoi], nos Machados e no cruzamento do Coiro da Burra, entre as estradas que vão para Estoi e Santa Bárbara de Nexe [e MARF]. Depois, será feito um estudo de modo a procurar incluir as restantes intervenções no Plano de Investimentos de Proximidade da Infraestruturas de Portugal, em 2017», revelou Vítor Guerreiro, em declarações ao Sul Informação.

As demais intervenções mencionadas pelo presidente da Câmara de São Brás de Alportel são a beneficiação do atual traçado da EN2, segundo um plano sugerido pela própria autarquia. Além das rotundas nos principais pontos de congestionamento de trânsito e polos de sinistralidade – «há acidentes praticamente todos os dias no cruzamento de acesso à A22» -, é preconizada a criação de faixas para lentos em mais do que um ponto deste troço e a retificação de algumas curvas, além de outras melhorias, nomeadamente ao nível do piso.

EN2 Coiro da Burra

Tudo isto deverá custar, nas estimativas de Vítor Guerreiro, «cerca de 5 milhões de euros», um número que fica bem aquém do previsto no projeto que antes existia e que chegou a estar integrado na concessão Rotas do Algarve Litoral [foi deixado cair na renegociação feita pelo anterior Governo], que previa a construção de uma nova estrada que custaria cerca de 20 milhões de euros.

«Nós colocámos o senhor secretário de Estado a par da solução anterior. Mas já não defendemos esta solução hoje, pois temos consciência das dificuldades que o país atravessa e que uma obra destas não se coaduna com essa situação», disse o edil sãobrasense.

Mas, acrescentou, a melhoria dos acessos entre São Brás, a Via do Infante e Faro, onde se encontra o Aeroporto Internacional, é determinante para o desenvolvimento económico deste concelho do interior do Algarve, logo, «é urgente».

«Estes poucos quilómetros de curvas, infelizmente, afastam os investidores de São Brás. Esta é uma estrada muito movimentada e com muito trânsito de pesados, o que complica as coisas. Daí defendermos a criação de faixas de lentos entre os Machados e São Brás de Alportel e na zona do Fialho, perto das fábricas de tijolos, onde a estrada pode ser alargada», explicou.

«Nós somos o único concelho do Algarve sem uma boa ligação à Via do Infante, até Monchique e Alcoutim têm uma. A ligação a Faro e à A22 é uma prioridade, pois é a nossa ligação ao mundo», ilustrou.

sulinformacao

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