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O Grupo Dinamizador do Algarve do Congresso Democrático das Alternativas (CDA) irá promover, no próximo dia 21, quinta-feira, às 21h00, no Clube Farense, em Faro, uma sessão de debate que contará com a presença de Carvalho da Silva, sociólogo e investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, e Efigénio Rebelo, professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve.

Este debate surge no âmbito do processo de preparação da Conferência “Vencer a Crise com o Estado Social e com a Democracia”, que irá ter lugar no próximo dia 11 de Maio, em Lisboa, e integra o plano de iniciativas públicas em desenvolvimento, que decorrerão em várias localidades algarvias, todas da iniciativa de subscritores regionais da Declaração do Congresso.

Segundo os membros do Grupo Dinamizador do Algarve do CDA Inês Pereira e João Brandão, esta é uma iniciativa que é gratuita e aberta à população em geral. «Nós vamos falar, essencialmente, de como podemos vencer a crise com o Estado Social e com a democracia», resumiu Inês Pereira.

«Esta plataforma do Congresso das Alternativas tem vindo a desenvolver trabalho a nível nacional e agora também no Algarve, com um grupo de cidadãos que vai aumentando de dia para dia, no sentido de resgatar Portugal para um futuro decente», acrescentou, fazendo referência o lema do CDA.

A situação económica e social «muito grave» e a preocupação pela «ausência de alternativas sólidas que pudessem alterar o estado de coisas» foi o que levou à mobilização deste conjunto de cidadãos, revelou Inês Pereira.

Apesar de o atual Governo estar conotado com a direita do espectro político, esta não será uma iniciativa da Esquerda, garantiram.

«Faço notar que na resolução do CDA de 5 de outubro não aparece a palavra Esquerda. Aparece sim, a necessidade de arranjar alternativas a esta política recessiva e de destruição do tecido empresarial e do emprego. Uma política ofensiva para as populações», lembrou João Brandão.

«Há pessoas de partidos de direita a colaborar connosco. Não gostaria de classificar Esquerda/Direita, mas sim realçar a necessidade de encontrar alternativas à política que está a ser seguida pelo atual Governo», acrescentou.

Este movimento nacional de cidadãos pretende fazer ouvir a sua voz junto do Governo e Inês Pereira deixa um aviso aos membros do executivo de Passos Coelho. «Qualquer político que não ouça as pessoas não é, definitivamente, um político!»

Os objetivos da iniciativa nacional são «vencer a crise e recolocar Portugal num processo de recuperação económica exige o combate ao desemprego, valorizando o trabalho, o reforço do Estado Social, tornando-o mais justo e equitativo e garantindo que a riqueza não continue refém de uma minoria predadora da dignidade dos portugueses».

Outros objetivos são «vencer a crise e recolocar Portugal na posse da sua soberania, exige de todos nós o exercício de uma cidadania activa e responsável, como instrumento de defesa e reforço da nossa Democracia, no cumprimento da nossa Constituição e dos valores que nela estão consignados» e ainda «vencer a crise e fazer emergir os portugueses do pântano de indignidade, corrupção e injustiça em que nos mergulharam, exige que não nos resignemos nem desistamos do direito de sermos soberanos na construção do Estado e do tipo de sociedade que desejamos para nós e que queremos deixar às gerações futuras».

«Criar espaços de debate, de união de forças, de participação no combate político actual construindo alternativas económicas, sociais e políticas, são uma exigência a todos nós e o objetivo central» do Grupo Dinamizador do Algarve, salientam.

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