Um navio do Grupo Forense de Mergulho da Polícia Marítima, com uma equipa de cinco mergulhadores, já está em trânsito para o Algarve, vindo de Setúbal, para dar apoio nas buscas pelo homem desaparecido na sequência da queda no mar de um avião ligeiro, esta sexta-feira, a 2 milhas a Sul de Sagres. As operações de resgate foram retomadas esta mdrugada, pelas 7h40, mas, segundo o Capitão do Porto de Lagos Carvalho Pinto, ainda não deram frutos.
«Neste momento, não há qualquer novidade. No terreno está já a corveta da Marinha Jacinto Cândido e uma embarcação da Polícia Marítima. Também temos uma viatura motorizada da Autoridade Marítima nas falésias e, em breve, será enviado para o local o salva-vidas da Estação de Sagres», revelou, ao Sul Informação.
A chegada do navio forense pode ser determinante, já que está «equipado com um sonar lateral», equipamento que poderá dar uma ajuda decisiva a encontrar os destroços, nomeadamente a cabine do Cessna 152, que se despenhou. «O barco deverá chegar ao local entre as 14 e as 15 horas. A partir daí iremos fazer varrimentos. Isso poderá levar algum tempo, pois podem ser necessárias muitas passagens antes de se encontrar alguma coisa», disse Carvalho Pinto.
Caso sejam descobertos indícios da presença de destroços afundados, entrarão em ação os mergulhadores. «O navio traz cinco elementos com capacidade para fazer mergulho, nestas condições. Mas a sua utilização será decidida consoante a deteção, ou não, de destroços», disse.
Para já, as condições metereológicas no terreno «são razoáveis» e não estão a influenciar negativamente o trabalho dos meios empregues. «Os destroços não devem ter saído daquela zona, por isso vamos manter as buscas no mesmo local. Caso não se encontre nada, após a passagem do sonar lateral, poderemos vir a alargar a área da operação», acrescentou.
O Cessna 152, matrícula CS-AYH, que ontem se despenhou, pertencia ao Aero Clube de Portimão e era usado para voos de instrução e de recreio. Era esse o caso do malogrado piloto, José dos Santos Inácio, de 74 anos, algarvio da Mexilhoeira Grande, emigrante no Canadá, que ia fazer um voo recreativo, depois de ter descolado pelas 10h15 do Aeródromo Municipal de Portimão.
A aeronave acabou por se despenhar menos de uma hora depois de ter levantado. O alerta foi dado pela pela embarcação de pesca «Adriano José», na sexta-feira, cerca das 11 horas. Segundo o relato que os tripulantes do barco de pesca fizeram às autoridades marítimas, o avião estaria a voar a baixa altitude e acabou por se despenhar no mar.
Apesar de não terem visto o avião a despenhar-se, devido ao intenso nevoeiro que se fazia sentir, os pescadoresacabarm por encontar, pouco depois, destroços e documentos no mar, que confirmaram as suas suspeitas Praticamente todos os destroços foram encontrados por eles», disse Carvalho Pinto.