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Guilherme d’Oliveira Martins sentiu-se na passada sexta-feira, «mais do que nunca, um verdadeiro louletano», ao receber a Medalha de Mérito Municipal de Loulé – Grau Ouro, numa cerimónia que teve lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

«Dedico esta honra muito importante para mim, que me foi concedida pelo Município de Loulé, à memória da minha mãe e dos meus avós. Eles que sempre me ensinaram a amar esta terra», disse o antigo ministro e atual presidente do Centro Nacional de Cultural, na sessão em que a medalha lhe foi entregue.

A cerimónia decorreu na passada semana, uma vez que, no dia da cidade, Guilherme d’Oliveira Martins não pode estar presente na sessão oficial, onde as demais medalhas de mérito foram distribuídas. Mas nem por isso houve menos pompa e circunstância. Na plateia estiveram, segundo a autarquia, «várias personalidades louletanas ligadas à política, à área financeira e, sobretudo, à cultura».

O presidente da autarquia considerou o homenageado «grande figura da vida portuguesa» e salientou que este foi um momento de «gratidão de toda a comunidade». «O respeito mútuo como princípio da ética política e que implica naturalmente a aceitação da diferença é bem demonstrativo da forma como Loulé sempre soube distinguir as mais diversas personalidades locais e nacionais», disse o autarca louletano.

Enaltecendo o seu papel em prol da Cultura, Seruca Emídio revelou que os motivos que levaram à atribuição da Medalha de Mérito Municipal foram as origens familiares de Oliveira Martins, ligadas ao Concelho e à Freguesia de Boliqueime e, por outro lado, a colaboração com a Autarquia em vários momentos da gestão local, como «a participação no júri do Prémio de Arquitetura e Urbanismo do Concelho de Loulé, em 2011, na qualidade de munícipe de reconhecido prestígio»e a Conferência «Património Cultural – Uma nova convenção do Conselho da Europa para o século XXI».

Oliveira Martins também lembrou o momento da assinatura da Convenção de Faro, do Conselho da Europa, firmada em território louletano,  em 2005, e em que o presidente do Centro Nacional de Cultura teve a responsabilidade de coordenação. «Tive enorme gosto de ver que essa assinatura da Convenção foi aqui na minha terra. É uma Convenção extremamente importante porque liga, pela primeira vez, o património cultural que recebemos das gerações passadas, à criação contemporânea. Não é uma realidade retrospetiva, é uma realidade viva, é uma realidade que tem a ver com o património arquitetónico, com o património natural, com o património material e imaterial, tem a ver também com a criação de uma cultura», disse.

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