O primeiro passo para a criação de 20 hortas sociais urbanas no sítio de Cabeço do Mocho foi dado esta segunda-feira, na sequência do protocolo assinado entre a Câmara Municipal de Portimão e a DRAP – Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve com vista à disponibilização de uma parcela de terreno com 2550 metros quadrados.
Na ocasião, o diretor regional Fernando Severino considerou esta medida como “o princípio de um caminho que é fruto dos tempos que atravessamos e que aconselham ao aproveitamento dos recursos existentes para serviço da sociedade”, garantindo que, “caso se justifique, a área agora destinada para as hortas sociais poderá ser ampliada.”
Segundo o presidente da Câmara Manuel da Luz, “perante o alcance social deste projeto, queremos que o processo avance o mais rapidamente possível, cabendo agora ao Município definir o período e condições de candidaturas, que serão selecionadas ao abrigo de um regulamento próprio, a divulgar brevemente.”
“Numa época onde muito se fala de números e de dívidas, este é um bom exemplo de colaboração entre a Administração Local e a Administração Central, em prol das pessoas”, sublinhou o autarca.
A parcela de terreno em causa, localizada próximo da Aldeia do Carrasco, será dividida em talhões com cerca de 40 metros quadrados cada, a distribuir por famílias carenciadas do município que se candidatem ao programa, com prioridade para os agregados cujo rendimento mensal médio/per capita não ultrapasse o equivalente a 1,5 rendimentos mínimos.
Competirá à DRAP prestar aconselhamento técnico e formativo aos utilizadores, indicando quais as culturas aconselháveis face aos condicionalismos do solo e da região e sensibilizando para modos de produção agrícola ambientalmente sustentados, mormente no que toca à agricultura biológica, enquanto a autarquia será responsável pela manutenção do recinto e respetivas despesas com água e energia elétrica, além de gerir as hortas e controlar a aplicação do regulamento que os utilizadores deverão cumprir.
