A AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve pediu, formalmente, ao Governo a «suspensão temporária e imediata das obras de requalificação da EN125».
Em comunicado, a associação explica que «independentemente das questões de ordem legal, que não podem nem devem ser ignoradas, de que o visto do Tribunal de Contas constitui um bom exemplo, a AHETA fundamenta a sua pretensão num conjunto de erros grosseiros que vêm gerando uma onda crescente de descontentamento, protestos e indignação, quer no seio das populações residentes, quer junto dos turistas nacionais e estrangeiros que procuram a região».
Para a AHETA, «o facto do Algarve receber, anualmente, mais de 5,5 milhões de turistas e visitantes nacionais e estrangeiros, dos quais mais de 4 milhões entre os meses de Maio e Outubro, justificam a pretensão».
A associação dos hoteleiros invoca, «entre outros aspectos, a necessidade das obras se realizarem nos períodos de menor tráfego, ou seja, entre os meses de Novembro e Março, de forma a minorar os prejuízos resultantes dos inconvenientes causados pela morosidade dos trabalhos».
Por outro lado, para a AHETA, «as obras não podem continuar a decorrer, simultaneamente, entre as 8h00 e as 18h00 em vários troços, obrigando o trânsito a circular alternadamente, gerando filas enormes nos dois sentidos, para depois serem interrompidas entre as 19 horas e as 8 horas do dia seguinte, quando o movimento é bastante mais reduzido».
A falta de planeamento que a AHETA considera existir «é ainda visível na redução da via dentro das zonas urbanas, tendo sido criados separadores centrais no atravessamento de localidades, o que impede o acesso de veículos de emergência em caso de acidente, para além de dificultar a circulação, nomeadamente de viaturas de mercadorias e passageiros».
Também «a construção de rotundas em locais onde não existem quaisquer cruzamentos e, por conseguinte, no meio do nada, em oposição a cruzamentos onde as mesmas seriam necessárias, assim como a não existência de baias para transportes públicos», encontram-se entre ass razões apontadas pela AHETA para justificar o seu pedido ao Governo.