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Os vinhos da região da Costa Alentejana têm vindo a conquistar espaço no mercado vitivinícola nacional, mas é ainda necessário viabilizar a sua imagem de qualidade junto dos potenciais consumidores e profissionais do sector. É a conclusão retirada do I Encontro de Produtores de Vinho da Costa Alentejana, que tomou lugar na última sexta-feira na Herdade das Barradas da Serra, em Grândola.

O presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo Litoral, Carlos Beato, afirmou que “o vinho ainda não conquistou um papel predominante na economia da região, sendo necessário potenciar o produto de modo a contornar esta evidência.”

Manuel Amaro Figueira, presidente da Direcção da Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano (ADL), garante que a fileira da vitivinicultura contribui para o desenvolvimento do território, pela sua transversalidade a vários sectores e que, com as estratégias adequadas, poderá vir a transformar-se em catalisador de desenvolvimento local, pelas complementaridades que pode gerar.

No certame desenvolvido pela ERTAL em parceria com a ADL, estiveram presentes nove produtores – Quinta do Brejinho da Costa, Herdade do Cebolal, Cortes de Cima, Herdade da Monteira, Adega dos Nascedios, Herdade do Portocarro, Monte da Serenada e Pinheiro da Cruz – com o intuito de dar a conhecer a qualidade dos vinhos produzidos na região junto dos mais de 100 visitantes, entre profissionais e críticos do sector nacionais e estrangeiros, restauração, retalho, e público em geral.

“Pela primeira vez, um conjunto alargado de produtores de uma região vitivinícola em afirmação, como é a Costa Alentejana, teve espaço para apresentar os seus produtos, para dar a conhecer a qualidade que os caracteriza, promovendo este território como uma região também de vinhos”, afirmou o representante dos Produtores da Costa Alentejana.

Miguel Palma explicou ainda que a proximidade marítima é o aspeto diferenciador dos vinhos produzidos no litoral, demarcando-se dos que são provenientes do interior alentejano, sendo esta uma influência positiva na qualidade do vinho.

O que se tem procurado com os projetos vitivinícolas da região é o “posicionamento do vinho regional enquanto um produto de qualidade, reconhecido não só a nível nacional como internacional, que projecta o que de melhor se faz na Costa Alentejana, para além da vocação turística e a gastronomia tradicional”, conclui.

O potencial turístico da Costa Alentejana é evidente, mas é ainda, de algum modo, “ostracizado”, como rematou José Eduardo, das Cortes de Cima, sendo fundamental conciliar os recursos existentes de modo a potenciar e valorizar toda a região.

“Sabemos que existe ainda um longo caminho a percorrer. Mas se continuarmos a apostar na qualidade e se unirmos esforços numa promoção conjunta e impactante, a Costa Alentejana será em breve um marco incontornável no sector vitivinícola a nível nacional e internacional”, concluiu Miguel Palma.

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