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Antes de ser encerrada, servia para educar os mais pequenos. Daqui a cerca de oito meses, a antiga Escola Primária de Parises, em São Brás de Alportel, vai passar a dar apoio à população sénior da Serra do Caldeirão, num projeto da autarquia sambrasense que pretende criar mais uma resposta social numa zona de baixa densidade.

A Câmara de São Brás de Alportel consignou na passada semana a obra de construção do Centro de Convívio de Parises, um espaço dedicado à Terceira Idade que terá muitas valências e atividades desenhadas para animar a população serrana.

O objetivo deste projeto, assegurou o presidente da Câmara de São Brás António Eusébio no ato de consignação da obra, que decorreu na passada semana, é «aumentar a felicidade e qualidade de vida destas pessoas».

Assim, o Centro de Convívio vai oferecer serviços sociais e de apoio aos mais experientes, como refeições e banhos assistidos, mas também uma panóplia de distrações e propostas que prometem dar mais cor aos dias de uma população cada vez mais envelhecida.

Como resumiu a vereadora da autarquia sambrasense Marlene Guerreiro, o centro destina-se não apenas ao convívio, mas também «à promoção da saúde e bem-estar e dinamização de Parises e localidades próximas».

Este trabalho assenta na colaboração com outras entidades, sendo a Associação de Solidariedade da Serra do Caldeirão «um parceiro fundamental» da autarquia. Esta instituição já se dedica ao apoio domiciliário à população idosa menos autónoma e ganha aqui um espaço para levar mais longe a sua missão, nomeadamente no que toca à higiene pessoal.

Mas o que torna este projeto «inovador a nível regional» é a colaboração com instituições dos mais diversos quadrantes, não apenas da área social, que lhe incutem «um forte cariz de participação cívica».

Assim, será possível oferecer o mais variado tipo de atividades, desde desporto e cursos de artes e ofícios, a apoio na saúde e psicológico. Também não faltarão música, literatura e até uma horta comunitária, «para aproveitar saberes que é importante preservar».

Este «sonho antigo da população da Serra» será realizado em breve e contará com um forte apoio da União Europeia. O custo da intervenção é de cerca de 76 mil euros, comparticipado a 75 por cento pelo programa Proder.

O edifício da antiga Escola Primária vai ser recuperado e ampliado para acolher este novo centro. Como explicou Filipe Sobral, em representação da arquiteta responsável pelo projeto Celina Coelho, apesar de se modernizar o espaço, a essência do edifício será mantida, bem como alguns elementos que já pertenciam o estabelecimento de ensino, como o quadro negro e uma salamandra.

No edifício que  hoje existe, serão instaladas uma copa, com todas as condições necessárias para tratar a comida, que já vem confecionada, uma sala de convívio, que ocupa a totalidade da antiga sala de aula e zonas de arrumos. Na nova ala, serão instalados sanitários com todas as condições exigidas para banhos assistidos.

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