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O Instituto da Democracia Portuguesa (IDP) Algarve defende que «a bem do tecido económico local», a Câmara de Portimão deve utilizar «os fundos QREN/JESSICA para levar a cabo uma boa e útil recuperação do centro histórico e ruas adjacentes» para aí instalar as lojas afectadas pelo incêndio que há uma semana destruiu o Retail Park.

«As marcas em causa podem servir como âncoras se forem localizadas entre Portimão e a Rocha, ou perto da Estação de Comboios», defende o IDP Algarve.

Contudo, «se forem reinstaladas (em definitivo) nos terrenos próximos do Hospital CHBA apenas perpetuarão o desvio da economia portimonense para esse local periférico».

O IDP Algarve referia-se à hipótese de as empresas virem a instalar-se no parque de feiras de Portimão, que já tem «infraestrutura e estacionamento».

Mas essa hipótese, para o IDP-Algarve, «continua a não criar âncoras que estimulem e revitalizem o centro histórico da cidade de Portimão e a vida dos portimonenses».

O IDP-Algarve considera que o incêndio que destruiu o Retail Park, em Portimão, deixa mais 300 pessoas em risco de perder o seu emprego no município algarvio com maior número de desempregados, por via da perda dos postos de trabalho ou pelas dificuldades da sua realocação.

Em relação aos trabalhadores que podem eventualmente ficar desempregados, apesar das garantias já dadas pelas empresas, a prioridade deverá ser a defesa dos postos de trabalho e nesse sentido o IDP apela «à Delegação Sul da Ordem dos Advogados para que crie, em Portimão, uma rede de juristas, em regime de voluntariado, para apoiar juridicamente os trabalhadores visados; à responsabilidade social das marcas e dos autarcas; para que as futuras instalações tenham em conta a sustentabilidade do comércio local; à importância da investigação em curso, sem prejuízo de eventuais responsabilizações, porquanto esta investigação é importante não tanto pelo resultado mas porque urge que em Portugal as investigações sejam feitas sem peças soltas, para que não advenham prejuízos futuros para os trabalhadores que fiquem a laborar nas respetivas marcas».

O IDP acrescenta ainda que está preocupado com «a possível usurpação da Lei Laboral e nesse sentido reitera-se o apelo para a responsabilidade social e cívica de todos aqueles que estão comprometidos com a condução da sociedade – um apelo que se estende aos eleitores e contribuintes».

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