Um total de 52 pessoas foram retiradas de suas casas, desde ontem e mesmo durante a madrugada de hoje, por causa da progressão das várias frentes do incêndio de Monchique e Portimão, disse o 2º comandante operacional distrital, em declarações aos jornalistas.
Grande parte dessas pessoas já voltaram às suas casas, não havendo registo nem de feridos, nem de casas habitadas destruídas pelas chamas. Mas os prejuízos em floresta, mata, zonas agrícolas e estruturas de apoio são imensos.
O comandante Abel Gomes acrescentou que, por volta das 10h30 desta manhã, havia ainda três frentes, uma delas já dominada, uma segunda frente dominada em 80% e uma terceira, «mais a Oeste» a arder, por se tratar de uma zona com «muita dificuldade de acessos aos meios terrestres».
Rui André, presidente da Câmara de Monchique, precisou ao Sul Informação que no seu concelho há duas frentes ativas, uma na zona de Vale d’Água/Ameixeira e outra na zona de Cailogo. Há ainda uma terceira frente no concelho de Portimão, nas zonas de Casas Velhas e Rasmalho.
Desde as 8h30 que os meios aéreos, nomeadamente pesados, voltaram a ajudar no combate às chamas, mas Abel Gomes salientou que «o fator vento tem complicado muito a tarefa». Há também um grande esforço das máquinas de rasto, para abrir acessos para os meios terrestres e para tentar travar a propagação das chamas.
De manhã, o comando operacional fez mais um voo para avaliar a situação e o 2º comandante constatou que «o incêndio já afetou uma área muito grande».