Quem quiser ajudar a reflorestar a Serra do Caldeirão, depois dos fogos que assolaram esta zona do interior do Algarve em julho, basta vestir roupa e calçado confortável, encher-se de espírito festivo e de aventura e desfrutar das iguarias e beleza serranas na Festa da Juventude e do Emigrante de Cachopo, que vai decorrer no domingo, dia 26 de agosto.
Um grupo de jovens da aldeia do Cachopo, que chegou a ter chamas à porta, está a organizar a festa, cujas receitas reverterão para a renovação da Serra. As sugestões destes jovens, que «não querem baixar os braços, recusam deixar-se vencer pelo fogo e organizam esta festa para celebrar Cachopo, as suas terras e as suas gentes», são muitas.
A festa começa às 16 horas, mas, sugerem os organizadores, é um bom programa vir mais cedo e almoçar um típico almoço serrano num dos quatro restaurantes da freguesia. O calor não será um problema, já que quem se quiser refrescar tem sempre a possibilidade de dar um salto à piscina do Parque de Lazer da Fonte Férrea.
Esta é também uma boa oportunidade de ficar a conhecer esta localidade verdadeiramente típica do concelho de Tavira, onde, por exemplo, o Albardeiro e o Ferreiro continuam a trabalhar de forma tradicional. Para isso, basta alinhar no Peddy Paper que começa às 16 horas, que passará não só nas oficinas destes artesãos, já bem raras, mas também noutros locais de interesse da freguesia, como o Moinho, o Museu do Linho, em teares e a Igreja Matriz.
Ainda durante a tarde, há a oportunidade de ficar a conhecer as muitas variedades de tomate que se produzem na serra algarvia e até de fazer o nosso próprio pão com chouriço, seguindo as técnicas tradicionais. À partir das 18 horas, na Fonte Férrea, o narrador Luís Carmelo vai contar histórias e contos, num ambiente bem doce, já que no mesmo local haverá uma mostra de licores e doces da região.
A partir das 21 horas há baile, inevitável numa festa de verão, com a música de Sandrine e de Isabel Frade. Como a festa se prolongará pela noite dentro, a organização deixa o convite para «acampar no Parque de Lazer da Fonte Férrea ou reservar cama (em camarata) no Centro».
«Divirta-se, mas principalmente descubra que, apesar do fogo, Cachopo e a Serra do Caldeirão sobrevivem e mantêm a vontade de desenvolver uma terra que valoriza o nosso património coletivo», concluem os organizadores da festa. Mais informações podem ser obtidas no site do evento.