A primeira obra do Polis Litoral Sudoeste, a requalificação e valorização da Fortaleza da Arrifana e espaço envolvente, no litoral de Aljezur, está já concluída.
Trata-se de um ponto de elevada visitação e interesse turístico no município e na região, quer pela simbologia do local, quer pelo enquadramento paisagístico único que a partir dali permite uma vasta extensão da Costa Vicentina.
Os trabalhos visaram a requalificação da ruína da fortaleza existente, de interesse histórico, o melhoramento das condições de segurança no acesso, circulação e permanência de visitantes, o ordenamento do estacionamento automóvel, criando condições para limitar e fixar a uma distância que minimiza a interferência com a crista da arriba; a recolha e drenagem de águas pluviais, minimizando o impacto das escorrências nos fenómenos de erosão da arriba.
«Está assim, finalmente requalificado um dos locais mais emblemáticos do Município de Aljezur», sublinha a Câmara local.
A autarquia salienta que o Polis Litoral Sudoeste «está neste momento sujeito por decisão unilateral da Srª Ministra Assunção Cristas, sujeito a revisão/avaliação». No entanto, a Câmara diz querer «acreditar que a conclusão não seja outra que a continuidade do Polis com a manutenção de todas as verbas previstas ao investimento».
Só que esta avaliação/revisão a que está a ser sujeito o Programa Polis Litoral Sudoeste «condiciona já a capacidade de decisão dos acionistas da Sociedade, na medida em que coloca em causa aspetos estruturantes, relacionados com a garantia da necessária cobertura financeira para fazer face à realização de várias empreitadas, não estando em consequência criadas as condições para o CA deliberar a respetiva contratação».
Por isso, sublinha a Câmara de Aljezur, «o prolongamento desta situação poderá, em consequência, pôr em causa a realização destas intervenções, que se enquadram, à semelhança da generalidade das ações previstas no Programa Polis Litoral Sudoeste, no objetivo estratégico e estruturante de prevenção e acautelamento da vida e segurança de pessoas e bens, e de minoração dos riscos e necessidades de intervenções futuras de maior monta na orla costeira».
A autarquia frisa também que «o Polis Litoral Sudoeste, que veio de certa forma fazer justiça com as populações do Litoral Alentejano e Costa Vicentina, já enquadrou e mobilizou todos os atores públicos e privados, criando nestes últimos elevadas expetativas para várias ações a realizar, nomeadamente as que têm a ver com a execução de Estruturas de Apoio a Desportos de Natureza de que se destacam o surf, windsurf e bodyboard».
O programa estratégico do Polis «valoriza o património, qualifica o território e dinamiza a sua vivência no âmbito dos três eixos consignados e que são indissociáveis: 1- Valorização do património natural e paisagístico: 2- Qualificação territorial de suporte às atividades económicas tradicionais; e 3- Diversificação da vivência do território, potenciando recursos endógenos».
Daí que a Câmara de Aljezur, presidida pelo socialista José Amarelinho, espere que a decisão da ministra do Ambiente passe pela continuidade do Polis Litoral Sudoeste.