A Juventude Socialista realizou na terça-feira um «Roteiro do Trabalho e da Precariedade» no Algarve, para fazer um balanço de qual é a situação dos jovens da região, ao nível do emprego. A iniciativa contou com a presença do secretário geral da JS João Torres.
Os jovens socialistas reuniram com a direção regional do Instituto de Emprego e Formação Profissional, encontro que serviu, por um lado, para manifestarem «a sua preocupação com a situação de actual congelamento dos estágios profissionais, assim como a redução do tempo dos estágios de 12 para 9 meses» prevista pelo Governo.
«A JS considera que a redução dos apoios de 80 para 65 por cento e o facto de a verba disponibilizada para abertura de estágios ter esgotado em 5 meses levam a que, com estas medida, o governo pretenda marcar a taxa de desemprego, mantendo mais gente a trabalhar por menos tempo e em situação de maior precariedade».
Outra preocupação da JS é que «a possiblidade de as empresas estarem a despedir trabalhadores para recorrer à contratação através de estágios profissionais e assim beneficiar de uma redução dos seus custos laborais».
A mesma reunião serviu para conhecer «os dados detalhados do desemprego jovem que afetam a região assim como trabalho que a delegação regional está a efetuar no terreno, nomeadamente a aplicação do programa Formação Algarve e de outros programas na área da formação profissional».
Sem revelar os números que lhes terão sido fornecidos pelo IEFP, a JS considerou que estes programas de formação são «de enorme importância para o combate ao desemprego prolongado, fortemente associado a baixas qualificações».
O Roteiro da JS também levou a comitiva a visitar o projeto «Em Con_tato» da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira e o «Projeto Barril», uma iniciativa de desenvolvimento local que está a ser promovida em Tavira cuja lógica assenta no empreendedorismo jovem.