A partir do texto “Self-accusation” (Auto-acusação) de Peter Handke, o coreógrafo Filipe Moreira criou !ESCUTA!, uma peça em monólogo, sem indicação de tempo, espaço, personagens ou fio condutor. O espetáculo, que inclui linguagem gestual portuguesa, será apresentada no sábado, dia 2 de junho, às 22h00, no Laboratório de Atividades Criativas (antiga Cadeia de Lagos).
Dois corpos, interpretados por Filipe Moreira e Nelson Rodrigues, movem-se num espaço privado e abstrato, comunicando, agindo e reagindo. A escuta entre estes dois corpos e o público é essencial.
«Aqui a comunicação e a escuta são fundamentais e não nos referimos simplesmente a uma escuta auditiva mas, sobretudo, a escuta pelo outro, pelo que nos rodeia e pelo movimento», explicam os promotores do espetáculo.
Os bilhetes para o espectáculo custam 6 euros.
Filipe Moreira, residente no Porto, é coreógrafo e intérprete independente de teatro e dança, e formou-se em Interpretação pela Academia Contemporânea do Espetáculo. Atualmente está a licenciar-se em Coreografia na University College Falmouth, no Reino Unido.
Frequentou o curso de produção e design de figurinos na Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo. Fez um curso de iniciação ao design de moda no CITEX e teve aulas de canto lírico.
Frequentou vários workshops de teatro e dança contemporânea, orientados por Hofesh Shechter Dance Company, Karine Ponties, Elaine Summers, Jeremy Nelsen, Kuniaki Ida, Manfred Karge, Sonia Rafferty, Gabriele Reuter, Rosario Rodriguez, Dance Company Wales, Robert Steijn, entre outros.
Tem três peças de teatro-físico da sua autoria: Oppressive Space (2012, UK),! ESCUTA! (2011, PT) e Recomeçar do princípio (2009-2010, PT).
Trabalhou com Trisha Brown Dance Company, Willi Dorner, Joana Providência, Radar 360º, Ponto Teatro, Estaca Zero Teatro e esteve em residência no “O Espaço do Tempo” com um espetáculo de Sofia Dias e Vítor Roriz para a Companhia Instável.
Participou em eventos, tais como Winter Dance, 1º Andar (Quarta-Parede), Proforma,
Serralves em Festa, Dancem08, Festival Set, Ciclo de Performance da Variação da Cultura, Danço Festival, No Coração de Viana, As Noites a Crescer (CCVF), Maio Mês do Marquês (Pombal), Imaginarius, Ciclo de Teatro do Porto (Teatro S. Luiz), FITEI, Serralves Colaborações/Improvisações e CCB fora de si.
O LAC – Laboratório de Atividades Criativas é uma associação cultural sem fins lucrativos formada em 1995 e com sede na Antiga Cadeia de Lagos.
O edifício projetado por Cottinelli Telmo e cujos alicerces estão edificados sobre um antigo convento, é um local com história fazendo parte integrante da cidade.
Construído com outros objetivos, revela atualmente uma dicotomia interessante entre prisão/reclusão VS espaço de criatividade/liberdade. Ao tornar-se espaço de criação reconverteu assim os moldes da sua existência, agora as celas são espaço de ateliê para artistas e a sua utilização e trabalho contribui para a revitalização do edifício, dotando-o de uma nova história.
A associação é um espaço de residências artísticas com 13 anos de existência que tem como prioridade desenvolver e alargar o PRALAC – Programa de Residências Artísticas no LAC, com o objetivo principal de dinamizar e promover a criação artística na região e especialmente na zona do Sudoeste Algarvio.
LAC – Laboratório de Atividades Criativas
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(antiga Cadeia de Lagos)
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